Após prender 11 suspeitos de integrar um esquema ilegal de venda de ingressos para confrontos da Copa do Mundo 2014, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deverá chamar ex-jogadores, empresários de futebol e dirigentes para depor na investigação sobre uma rede internacional de cambistas, que tem origem desde a edição de 2002 do Mundial.
Entre os envolvidos, estão os ex-atletas Dunga, Júnior Baiano, Ronaldinho Gaúcho e até os tricampeões mundiais Jairzinho e Carlos Alberto. A ligação entre eles e o argelino Mohamadou Lamine Fofana, chefe da organização, é bastante estreita, com o africano fechando um bar na zona sul carioca no último dia 17 para celebrar uma festa em homenagem aos atletas de 1970 e recebendo um apartamento alugado pelo zagueiro da Copa de 1998 no valor de R$ 12 mil em um bairro nobre da cidade para o período do torneio.
Além disso, escutas telefônicas autorizadas mostram que Fofana negociou ingressos com empresários do futebol, como Roberto de Assis (irmão de Ronaldinho Gaúcho) e Neymar da Silva Santos, pai do atacante da seleção brasileira. “O Assis vai ser chamado para nos explicar como ele conheceu essa pessoa e qual é a sua participação nessa rede” afirmou o delegado Fábio Barucke.
Segundo a assessoria do atacante Neymar, o pai do jogador não conhece o argelino e nega qualquer encontro com o empresário. Já os ex-jogadores Dunga, Jairzinho, Carlos Alberto, Júnior Baiano não foram localizados, enquanto Bebeto e Romário (participantes de um amistoso na Chechênia em 2011) também negaram envolvimento com Fofana
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