Enfermeiros e o Farmacêutico do Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HMATS) participaram na noite da terça-feira, 22, de um Treinamento em Mucopolissacaridose (MPS), tipo 2. A capacitação sobre Abordagem Terapêutica do Paciente foi realizada pela Enfermeira e Consultora da Shire, Ana Alzira Sobral.
Durante o treinamento foi abordado a Terapia de Reposição Enzimática (TRE), necessária para melhorar a qualidade de vida dos portadores de MPS. A consultora falou da manipulação do medicamento, restrições à aplicação e a melhora do paciente em decorrência do tratamento. Ela ainda tratou do transporte e armazenamento.
Ana Alzira elogiou a equipe do HMATS. Segundo ela, a unidade tem uma equipe competente e afinada. “Estamos diante de uma excelente equipe de profissionais, que entende muito de MPS e se esforça para prestar um serviço humano e de qualidade”, disse, acrescentando a busca da Chefe de Enfermagem, Kátia Miranda, por conhecimentos sobre a MPS.
A consultora ainda enalteceu o fato do hospital contar com o serviço do Farmacêutico Rodrigo Tínel que prepara a manipulação para reposição de enzimas e ajuda na infusão. “O HMATS conta com o serviço de um farmacêutico, o que raramente acontece em outros hospitais do estado que fazem reposições das enzimas. Isto demonstra o grau de comprometimento do hospital com estes pacientes”, acrescentou.
Dois pacientes com MPS, são tratados no HMATS. H.M, de 13 anos, portado do tipo 2 da doença, e K.F.A, 17 anos, que apresenta o tipo 4. Eles recebem uma reposição de enzimas por semana. Cada ampola do medicamento custa em média US$ 1.400, alguns dos usuários usam de três a oito ampolas por sessão. Ou seja: há pacientes cujo tratamento chega a custar US$ 11.200 (mais de 37 mil reais) em apenas uma semana.
Visita de acompanhamento
No mesmo dia, Liliane Quintero, que é Gerente Territorial de um laboratório que fabrica o medicamento para a MPS Tipo 4, esteve em Jacobina para buscar informações sobre a paciente K.F.A.
Na visita acontece periodicamente e serve para levantar os dados em relações a medicação, ganho com o tratamento (melhora na qualidade de vida), entre outras, para acompanhamento do tratamento por parte do laboratório.
Sobre a Mucopolissacaridose
Rara, genética e hereditária, a MPS é causada pela deficiência de enzimas e afeta um em cada 25 mil nascidos vivos. O Brasil tem cerca de 600 pacientes diagnosticados. Já na Bahia a MPS afeta 50 pessoas.
Classificada em sete tipos, a MPS afeta o cérebro, olhos, ouvidos, coração, fígado, ossos, articulações e pele, reduzindo a qualidade de vida dos seus portadores. A doença também pode acometer de forma leve, moderada ou grave. A forma grave restringe os movimentos e diminuindo significativamente a expectativa de vida do portador.
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