Sob mau tempo e contra o relógio, a Marinha Argentina garante que "não descarta nenhuma possibilidade" na operação de resgate do submarino ARA San Juan, desaparecido na última quarta-feira (15). Em entrevista coletiva concedida da noite desta quinta-feira (23), porta-voz Enrique Balbi informou que ainda não há "uma evidência certeira de onde está o submarino" nesta que se configura como a pior tragédia da Marinha argentina dos últimos 35 anos.
Doze países, inclusive o Brasil, e cerca de quatro mil militares, participam das buscas pelo San Juan, que saiu de Ushuaia, na Patagônia, com destino à base naval de Mar del Plata. O último contato foi feito por volta das 7h30 (hora do Brasil), quando o submarino estava a 432 km do Golfo de San Jorge.
O perímetro inicial das buscas era de 482 mil quilômetros quadrados. Desde a última quarta-feira (21), a Marinha Argentina afirma que uma explosão ou "anomalia hidroacústica" tinha sido captada. Hipótese reforçada nesta quinta-feira: "Recebemos informação do embaixador da Áustria sobre um evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear consistente com uma explosão", disse o porta-voz Enrique Balbi.
"O evento coincide com informação enviada pelos EUA de uma "anomalia hidroacústica". A missão de salvamento trabalha, portanto, com seis embarcações, que varrem o fundo do mar na zona central de buscas, com profundidades que variam de 200 a 2 mil metros.
Paralelamente, três aviões - dois de exploração marítima de procedências americana e brasileira, além de um C-130 Hércules da Força Aérea Argentina - vasculham a superfície. Inaugurado em 1983 e um dos três maiores submarinos da força marítima da Argentina, o San Juan é procurado ainda por três destroyers e uma corveta da Marinha argentina. Completam a operação outros nove navios, que estão em diferentes pontos do Atlântico Sul, e dois minisubmarinos operados por controle remoto, da Marinha dos Estados Unidos.
Além do Brasil e dos Estados Unidos, forças da Alemanha, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, França, Noruega, Peru, Grã-Bretanha e Uruguai integram a missão. Inclusive médicos, enviados a bordo das chamadas cápsulas de resgate.
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