A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais tempo para conclusão do inquérito que apura supostos crimes de obstrução à justiça, corrupção passiva e participação em organização criminosa cometidos pelo presidente Michel Temer.
No dia 30 de maio, o relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, estabeleceu o prazo de dez dias para o encerramento das investigações. Mesmo com a extensão do tempo, a Procuradoria-Geral da República pode apresentar denúncia contra Temer já na próxima semana.
Segundo informações do jornal O Globo, a PF poderá usar o tempo extra para concluir perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS. A PF informou ao STF que precisava de até 30 dias para concluir a análise.
Ainda de acordo com O Globo, Fachin encurtou o prazo para o encerramento do inquérito porque uma das investigadas está presa. “Com a decretação da prisão preventiva de Roberta Funaro Yoshimoto tem-se como certo o prazo para conclusão das investigações, como previsto na primeira parte do art. 10 do Código de Processo Penal, a saber, 10 (dez) dias”, escreveu o ministro no mês passado, referindo-se à irmã do operador Lúcio Funaro.
Fachin ainda determinou que a PF colhesse, por escrito, o depoimento de Temer. Os investigadores enviaram 82 perguntas à defesa do presidente. Os advogados pediram prazo até sexta-feira para responder. Na última hora, no entanto, enviaram documento ao STF informando que o presidente não responderia às questões.
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