O Camp Nou gritava por Messi aos 39 minutos do segundo tempo. O Barcelona vencia o Villarreal, o jogo se encaminhava para o fim, e Luis Suárez recebeu a bola pela esquerda. O uruguaio avançou, cruzou para a área e encontrou Neymar. Um toque, um chapéu, um giro, e um gol antológico.
Aos 40 minutos do segundo tempo, o Camp Nou passou a gritar por Neymar. O gol espetacular, talvez o mais bonito do brasileiro vestido de azul e grená, foi o terceiro da vitória por 3 a 0, que manteve o time catalão na liderança do Campeonato Espanhol com 27 pontos em 11 rodadas; o Real Madrid enfrenta o Sevilla e pode chegar à mesma pontuação.
Antes do lance espetacular, Neymar já era um um dos responsáveis pela vitória. Foi dele, após incrível passe de Sergio Busquets, o gol que abriu o caminho para o resultado no Camp Nou. Depois, o brasileiro ainda deu um presente a Luis Suárez: deixou o uruguaio cobrar um pênalti sofrido por Munir.
O Barcelona foi a campo com mudanças com relação à última partida, quando venceu o Bate Borisov por 3 a 0. Na defesa, apenas Daniel Alves foi mantido, e entraram Piqué, Jordi Alba e Mathieu. No meio-campo, a ausência de Rakitic fez Luis Enrique optar por Sergi Roberto como companheiro de Iniesta e Busquets. Já no ataque, Neymar e Suárez ganharam a companhia de Munir pelo lado direito.
O Villarreal, o técnico Marcelino Garcia Toral mudou o esquema tático: o 4-4-2 tradicional deu lugar a um 4-5-1, com apenas Roberto Soldado no ataque; Denis Suárez e Samu Castillejo eram os meias ofensivos, enquanto Jonathan dos Santos, Bruno Soriano e Tomás Pina com mais tarefas defensivas.
Apesar da formação teoricamente defensiva, o Villarreal começou a partida pressionando a saída de bola do Barcelona e dificultando a construção de jogadas do time catalão. Prova disso foi que, aos 12 minutos, o goleiro Claudio Bravo teve de driblar Soldado dentro da pequena área, em lance que fez a torcida prender a respiração no Camp Nou.
Quando conseguia superar a pressão na saída e o congestionado meio-campo do Villarreal, o Barcelona falhava na conclusões. Iniesta, aos 23 minutos, e Mathieu, aos 26, pararam no goleiro Alphonse Areola. A falta de gol deixava o Barcelona nervoso e provocava cenas incomuns - por exemplo, Iniesta levando um cartão amarelo por reclamação, após falta de Daniel Alves em Denis Suárez.
O nervosismo se manteve no início da segunda etapa. Logo aos 2 minutos, no mesmo lance, Suárez e Neymar foram advertidos pelo árbitro Clos Goméz. O uruguaio, constantemente envolvido em confusões com defensores do Villarreal, parecia fora do jogo.
Neymar, por sua vez, conseguia participar mais. Aos 3 minutos, ele fez um lançamento de trivela para a área - Munir não conseguiu a cabeçada e, quando Daniel Alves tocou, no segundo pau, a estádio já se preparava para gritar gol. Mas o goleiro Areola fez uma defesa espetacular.
Nos minutos seguintes, o Barcelona conseguiu finalmente se acalmar. E passou a pressionar a saída de bola. Calma e pressão - nome e sobrenome de Sergio Busquets.
Aos 14 minutos, o volante roubou uma bola no meio-campo, levantou a cabeça e encontrou Neymar entrando em diagonal na área, pela esquerda. O brasileiro dominou e chutou na saída de Areola para marcar seu décimo gol na Liga Espanhola - tornou-se, então, o artilheiro isolado da competição.
Depois do gol, o Villarreal mudou o desenho tático em busca de um jogo mais ofensivo - Bakambu entrou no lugar de Pina, com a ideia de buscar o gol de empate.
Mas o time amarelo acabou ficando mais vulnerável, e aos 25 minutos, Munir foi derrubado na área. O árbitro Clos Gómez marcou pênalti, e Neymar deu a bola para Suárez bater. O uruguaio não perdeu a chance, ampliando a vantagem no placar - finalmente, o camisa 9 poderia ficar mais tranquilo.
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