Mais um caso da síndrome de Guillain-barré foi registrado em Feira de Santana. O pedreiro Jossiel Lima de Sá, 36 anos, morador do bairro Parque Ipê, deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), e a doença foi confirmada após a realização de exames.
Jucilene Lima de Sá Gomes informou que o irmão começou a sentir sintomas do Zika vírus há cerca de 20 dias. De acordo com ela, ele foi à policlínica do Tomba e o pessoal mandou ele voltar para casa dizendo que eram sintomas do zika, só que, segundo ela, o quadro se agravou.
[caption id="attachment_20024" align="aligncenter" width="620"] (Jucilene Lima de Sá Gomes, irmã de Jossiel)[/caption]
“No último sábado, ele foi para a policlínica do Tomba e chegando lá disseram que ele estava com princípio de derrame e que tinha que transferir para o Clériston. Ele estava sentindo dormência no corpo, febre, dor de cabeça, ficou todo paralisado, já falava bem embolado, com um lado do rosto bem adormecido.
Conseguimos a vaga depois de muito esforço, e o neurologista fez os exames. Perceberam que não era derrame e descobriram que meu irmão estava com o Zika e com a Guillain-barré. Ele precisa tomar os medicamentos só que fizeram o pedido em Salvador e ainda não chegou”, informou Jucilene.
A irmã de Jossiel disse que no momento ele está sentindo fraqueza no corpo, dor de cabeça, falta de ar e os olhos não fecham desde o último sábado. “Ele está piorando a cada dia. Desde sábado que ele dorme com os olhos abertos. Trouxe um colírio pra ele, que foi pedido por um médico, pois os olhos estão doendo muito”, disse.
O diretor do Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, informou que o hospital está preparado para receber pacientes com Zika e com Guillain-barré. Ele informou que o caso de Jossiel é o primeiro confirmado no hospital, que já separou dois leitos disponíveis para atender pacientes com Zika e com Guillain-barré.
[caption id="attachment_20025" align="aligncenter" width="620"] (José Carlos Pitangueira, diretor do Hospital Clériston Andrade)[/caption]
“Temos no hospital oito neurologistas, temos infectologista e temos leitos suficientes para fazer o atendimento. Esse hospital é o maior do interior e talvez um dos que resolva todos os problemas de Feira de Santana”, afirmou.
No caso do paciente que já teve a doença confirmada, Pitangueira disse que o caso já regrediu. Ele ainda afirmou que não está faltando medicamentos no Clériston e que não entende porque o médico pediu para a irmã do paciente comprar um colírio.
“O hospital tem a obrigação de comprar o medicamento necessário. O paciente está internado e é responsabilidade do hospital”, destacou.
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