O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) deu início, hoje (3), à campanha Maio Amarelo. Com o mote “No Trânsito, sua responsabilidade salva vidas”, a iniciativa visa a conscientizar a população sobre os cuidados necessários para que o país consiga reduzir os números de acidentes e de mortes nas estradas brasileiras.
Criada em 2014, a campanha é realizada anualmente, sempre durante o mês de maio - em alusão ao 11 de maio de 2011, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a realização da Década de Ação para a Segurança no Trânsito.
Devido às restrições da pandemia da covid-19, este ano as ações programadas acontecerão digitalmente. Entidades que integram o Sistema Nacional de Trânsito e demais órgãos de governo, empresas, entidades de classe e organizações da sociedade civil interessadas podem contribuir para reforçar as campanhas educativas e de fiscalização que tratam do papel que cada um tem a desempenhar em prol de um trânsito mais seguro.
“É um momento importante para todo o país para a gente refletir e abordar um dos temas mais relevantes da nossa sociedade, que é a redução do número de mortes e de lesões graves no trânsito”, declarou o secretário nacional de Transportes, Marcello da Costa Vieira, comparando o total de pessoas mortas ou vítimas de acidentes viários ao longo da última década aos óbitos decorrentes da covid-19 no Brasil.
De acordo com Vieira, ao longo da última década, o Brasil conseguiu reverter a tendência ao aumento do número de óbitos nas estradas, reduzindo em cerca de 30% o total de casos registrados no último ano em comparação a 2011. Ainda assim, o Brasil registra, em média, 30 mil mortes por ano.
Se formos comparar, na França, anualmente, cerca de 3 mil pessoas perdem a vida no trânsito. Se lá este número é inaceitável, imaginem aqui, no Brasil, mesmo que observadas as dimensões do nosso país, acrescentou Vieira, reconhecendo que o país ainda tem muito a fazer nesta segunda década de segurança no trânsito.
“Só alcançaremos o sucesso que desejamos e que merecemos se tivermos uma divisão de responsabilidades, se nossa sociedade, se todas as entidades, entenderem que cada uma delas tem um papel fundamental na perseguição desses objetivos. Temos que tirar este peso enorme das costas do governo federal e do Denatran sozinhos.”
Por Lílian Beraldo / Agência Brasil
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