O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) criticou neste domingo (13) a prisão do italiano Cesare Battisti e sua extradição para a Itália. "Não se trata de uma discussão ideológica e sim jurídica constitucional. Quando você politiza as decisões jurídicas você fragiliza o Estado democrático", afirmou à reportagem. Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi quem decidiu pela permanência de Battisti no Brasil, onde ele estava preso desde 2007.
Mas, em 2018, sua prisão foi novamente decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, e o então presidente Michel Temer assinou sua extradição.
Battisti foi preso neste sábado (12) e deverá ser extraditado diretamente para Roma, onde foi condenado por quatro assassinatos na década de 1970. Ele, que estava foragido desde 14 de dezembro, foi encontrado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, pela Interpol.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) parabenizou nas redes sociais os responsáveis pela prisão de Battisti. Ele também aproveitou a ocasião para afirmar que o terrorista italiano é "companheiro de ideias" do PT ao chamar novamente o governo do partido de corrupto.
"Parabéns aos responsáveis pela captura do terrorista Cesare Battisti! Finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideiais de um dos governos mais corruptos que já existiram do mundo (PT)."
Além de Pimenta, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, também se manifestou sobre o caso.
"Conheci Cesare Battisti e li muito sobre o processo que levou à sua condenação. Acredito que 99% das pessoas que o atacam o fazem porque desconhecem os detalhes do processo ou porque odeiam ativistas de esquerda. Creio na inocência de Cesare. Espero que a Bolívia não o extradite", afirmou ele no Twitter. Com informações da Folhapress.
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