Guillermo Ochoa, que fez pelo menos quatro defesas muito difíceis que impediram gols do Brasil, não sabe o que fará após a Copa do Mundo. Seu contrato com o francês Ajaccio se encerrou no final da última temporada europeia e ele não foi contratado por nenhum outro time. Graças a sua atuação pelo México nesta terça, o jogo terminou 0 a 0.
Considerado o melhor jogador da partida pela Fifa, Ochoa disse que essa foi a melhor atuação da sua vida. “Acredito que sim [foi seu jogo mais importante]. Fazer as defesas na Copa, contra o anfitrião. Manter esse empate não foi fácil. Estou contente e vou continuar trabalhando. Vou festejar com os colegas”, disse ele.
O goleiro de 28 anos defendia o time francês desde 2011, mas prefere procurar um clube maior e, quem sabe, disputar a Liga dos Campeões. O Ajaccio foi rebaixado para a segunda divisão francesa neste ano. Rumores no mercado de transferência dão conta de que o Milan estaria interessado no mexicano para compor elenco.
Depois da partida, o jogador, eleito o melhor em campo, disse que o fato de não ter clube não atrapalha seu desempenho.
“Não me atrapalha (jogar sem clube) e deixo isso na mão dos meus empresários, fico concentrado no Mundial. Estou tranquilo porque sei que existem opções. “Claro que é positivo e ajuda um jogo como esse, contra o Brasil e tudo isso (repercussão) ajuda, claro”, afirmou.
Antes da Copa do Mundo começar, Ochoa havia comentado sobre seu futuro após o Mundial.
“Minha prioridade é permanecer na França, mas estou aberto a outras propostas. Melhorei bastante nos últimos três anos. Mas eu estava acostumado a competições de alto nível quando jogava no México. Eu agora preciso jogar a Liga dos Campeões para ter certeza sobre o meu nível”, disse o goleiro, que foi revelado pelo América de seu país natal.
Nesta terça-feira, em Fortaleza, ele teve uma atuação brilhante e mostrou agilidade e um ótimo posicionamento ao defendeu chutes e cabeçadas à queima-roupa dos brasileiros. É provável que seu passe tenha se valorizado bastante depois desse jogo.
Ochoa recebeu também muito elogios do técnico Miguel Herrera, que admitiu que, antes da Copa, tinha dúvida sobre se daria ou não a vaga de titular ao goleiro. Foi seu terceiro Mundial, mas nos dois primeiros, ele ficou apenas no banco de reservas.
“Eu tinha quatro goleiros em mente, eu decidi os três e depois um para ser titular. Eu não tenho em mente mudar de goleiro não. A gente achava que ele estava acima dos outros, por isso decidimos que ele seria o goleiro a começar a Copa e acho que acertamos. Acho que ele apresentou a resposta que esperávamos”, afirmou Herrera.
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