O laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre o carro do candidato à prefeitura de Ponto Novo, no Norte da Bahia, Thiago Gilleno (PSD), que foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo na noite do último sábado (7), aponta falta de novos elementos para determinar a natureza do crime – ou seja, apurar, inclusive, se foi uma tentativa de homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu numa estrada vicinal quando o homem seguia sozinho em direção ao povoado de Pedra Branca. O 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionado por populares, e no local, o candidato contou aos agentes que homens dispararam contra o carro dele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e socorreu a vítima para um hospital particular de Senhor do Bonfim.
O laudo aponta que “por possuir mais de uma arma de fogo envolvida e ter observado direção e posição diferente para cada disparo, indica a existência de mais de um autor, ou o mesmo autor, mas em momentos diferentes, estando em distâncias diferentes do veículo denotando a improbabilidade do autor, ou autores, estar em um outro automóvel, haja vista a tendência de linearidade do movimento do veículo”.
O perito considerou ainda que a partir da análise das evidências encontradas no veículo, foi constatado que o mesmo é compatível com disparos de arma de fogo, ocorrido no sentido exterior para interior, com recenticidade aparente, e que foram verificados danos em decorrência de colisão do veículo contra obstáculo em estrada que trafegava. Entretanto, segundo ele, tais eventos podem ser independentes e não foram encontradas evidências de concomitância e contemporaneidade dos eventos entre si.
Dessa forma, devido a não coincidência dos danos e falta de outros indícios, não foi possível determinar a ordem dos disparos. Ainda segundo o laudo, “levando em consideração os pontos demonstrados, faz-se necessário apresentar novos elementos para determinar a autoria, modo e motivação da ação realizada contra o veículo e ocupantes, visando determinar a natureza do evento”.
Pretonobranco
Polícia