Após mais de dois anos de negociação, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República ( PGR ), no qual relata pagamentos de propina e caixa dois a políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM).
De acordo com o jornal O Globo, o acordo foi assinado no início deste ano pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, após os últimos ajustes exigidos por sua equipe, e enviado para homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator do caso. Só após o retorno do recesso, em fevereiro, é que o ministro poderá despachar o acordo. Ele pode homologar integralmente seus termos ou pedir ajustes à PGR. Após a homologação, Dodge pode instaurar novas investigações a partir da delação do empreiteiro.
A PGR não aceitou a proposta de acordo dos acionistas da OAS, a família Mata Pires, e fechou acordo somente com Léo Pinheiro. Um dos impasses que travou a negociação era justamente incluir a família Mata Pires como delatores, mas os procuradores não aceitaram a proposta. Um dos donos da empreiteira, César Mata Pires, chegou a ser preso no fim do ano pela Lava Jato e foi solto após pagar fiança de R$ 29 milhões.
Os anexos da delação de Léo Pinheiro abrangem ao menos 14 políticos de partidos como PSDB, MDB, PP, PT e DEM.
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