Após mais de um ano foragido da Justiça, Jardel de Souza, 37 anos, voltou a ser preso no começo da tarde desta segunda-feira (13), no bairro de Ipitanga, em Salvador, pela morte da então namorada, Milene Bittencourt, 26 anos, que ocorreu em 15 de setembro de 2007. Na época do crime, ele era estudante de Direito e ela cursava Psicologia. Ele foi preso por equipes da Polícia Interestadual (Polinter), onde permanece, até que ocorra a transferência para o sistema prisional.
Jardel, que matou a namorada com 38 facadas, foi condenado em 2014 a 14 anos e seis meses de prisão, em júri popular, por feminicídio, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Depois de assassinar a namorada, no Condomínio Solar dos Pássaros, onde ela morava, ele escondeu o corpo dela na mala do carro.
Na época da condenação, ele estava em liberdade, por força de um habeas corpus conseguido em março de 2009. De acordo com o advogado da família da vítima, Osvaldo Emanuel, mesmo após o júri, ele continuou em liberdade. "A defesa interpôs diversos recurso e o processo caminhou até então. O mandado de prisão foi expedido em março do ano passado, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri", explicou.
Para a justiça, Jardel afirmou que o crime foi motivado por uma briga causada pela desconfiança de que estaria sendo traído. Mas investigações apontaram que Milena ameaçava denunciá-lo por ter simulado o roubo de um EcoSport de sua propriedade, na CIA-Aeroporto, para receber o dinheiro do seguro. O crime ocorreu em um sábado, na residência da vítima, na Avenida Paralela.
No dia seguinte após o crime, Jardel enrolou o corpo da vítima em uma colcha e colocou no porta-malas de um carro, seguindo até o terminal marítimo, onde planejava pegar o ferry boat. Ele mudou de ideia e foi para a casa de uma ex-namorada onde, com a ajuda do irmão, Josafá da Pureza de Souza, 35 anos, tentava passar o corpo de Milena para o porta-malas de outro carro quando foi flagrado e preso. Ele planejava seguir para o interior do estado.
Na época, Jardel ficou detido durante um ano e meio. Josafá, que foi cúmplice no crime de ocultação de cadáver, ficou preso por dois meses. Em 2011, ele foi morto com cinco tiros na cabeça.
Fonte: Correio
Bahia,Salvador