[dropcap]A[/dropcap] Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou, nesta quinta-feira (9), dois casos de chikungunya em Salvador. As ocorrências, porém, são consideradas pela SMS como "importadas", pois os pacientes foram infectados em Feira de Santana, enquanto visitavam parentes.
Os dois homens, de 35 e 36 anos, são moradores do bairro da Barra e passam bem, não demonstrando estar sofrendo de graves consequências da infecção. Apesar disso, eles estão sob monitoramento da SMS.
Até então, foram notificados 23 casos de chikungunya em Salvador. Destes, sete foram descartados por exames laboratoriais, dois estão confirmados e os 14 restantes estão em fase de análise. Em combate à proliferação da doença, agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) têm realizado ações de bloqueio, nas regiões com casos suspeitos e confirmados, para detectar e exterminar possíveis focos dos mosquitos transmissores da chikungunya (Aedes aegypti e o Aedes albopictus).
O CCZ tem intensificado, ainda, visitas domiciliares para combater os insetos, buscando possíveis focos em terrenos baldios e realizando ações educativas para orientar os moradores para evitar novos focos. Os casos de chikungunya poderão ser atendidos nos postos da atenção básica da rede municipal, não sendo necessário recorrer a hospitais, já que os sintomas são os mesmos da dengue, como dores de cabeça e nas articulações, febre e vermelhidão na pele.
Ainda nesta quinta, a SMS capacitou cerca de 160 profissionais dos setores de urgência e emergência, vigilância epidemiológica e atenção básica sobre a classificação de risco e manejo do paciente com suspeita desse agravo.
Vírus
A febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e Aedes Albopictus. Febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupções cutâneas são os sintomas da doença e costumam durar de três a 10 dias.
O tratamento é feito com paracetamol, hidratação adequada e repouso. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus foi identificado em 19 países já em 2004. No final de 2013, foram registrados casos em países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti.
Nos meses seguintes, países da América Central e da América do Sul, inclusive os que fazem fronteira ao norte com o país, também registraram surtos de Chikungunya. O Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) acreditam que o vírus chegou em Feira de Santana através de algum brasileiro que viajou pela América Central ou Caribe. Essa pessoa deve ter sido picada no exterior, contraiu o vírus e foi picada novamente em Feira.
Esse último mosquito, então, picou outra pessoa. Nos casos de doença, o recomendado é manter a hidratação dos doentes e comunicar imediatamente aos órgãos públicos.
Correio24h
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