O futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve apresentar uma proposta própria de reforma da Previdência, afirmou nesta quinta-feira (22) Carlos Alexandre da Costa, economista que compõe a equipe de transição.
"Vai ser uma proposta nossa, da nossa equipe. É uma equipe que tem grandes especialistas, inclusive internacionais na área de Previdência, como por exemplo os irmãos Weintraub, que são respeitados no mundo todo", disse Costa, em referência aos economistas que também compõem a equipe de transição.
Costa, que foi diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), disse que a ideia não é partir do zero, mas apresentar algo que seja viável politicamente.
"Óbvio que não vamos começar do zero, isso é arrogância. Há coisas de outras pessoas sendo discutidas e que temos de incorporar", afirmou Costa, que participou de evento do banco BTG Pactual.
O trabalho do governo, disse ele, vai ser articular as melhores propostas e ideias que sejam viáveis politicamente. "Não adianta nada ter proposta maravilhosa que não seja viável e isso é um trabalho que está sendo conduzido de maneira exemplar pela equipe política [do governo Bolsonaro], muito alinhada com a equipe econômica", disse.
Sem precisar data, Costa disse que a proposta deve sair nas próximas semanas. "Não é só desenhar proposta econômica, mas entender com mais profundidade a viabilidade política."
Costa falou ainda sobre privatizações. Segundo ele, quanto mais rápido avançar o plano de venda de estatais, mais rápido se reduz o peso da dívida. O processo de privatização das mais de 100 estatais, disse ele, é importante porque deixar as estatais atuando de setores estratégicos "desmancha a produtividade".
Costa também acenou com a possibilidade de uma reforma administrativa, que propõe, dentre outros pontos, a reorganização de planos de carreiras no setor público.
Com informações da Folhapress | Foto: José Cruz/Agência Brasil
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