A atriz Elke Maravilha, 71 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (16) depois de passar por uma cirurgia no Rio de Janeiro. A atriz estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul, desde o dia 20, onde operou de uma úlcera e acabou sendo submetida ao coma induzido.
Na época, o empresário da atriz, Lucas Rodrigues, explicou que o estado de saúde dela não era grave. "O fato dela se encontrar em coma induzido é um procedimento padrão na recuperação da cirurgia que ela fez no abdômen", informou.
A morte foi confirmada a 1h de hoje. A data e local do sepultamento ainda não foram divulgados.
Uma mensagem de despedida foi postada em sua página oficial no Facebook: "Avisamos que nossa Elke já não esta por aqui, conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem. 'Eros anikate mahan' (O amor é invencível nas batalhas). Crianças: conviver é o grande barato da vida, aproveitem e convivam'".
Nascida Elke Georgievna Grunnupp, na Rússia, a atriz vinha se apresentando pelo Brasil com o espetáculo "Elke canta e conta". Nas apresentações, ela falava de sua infância, casamentos e carreira profissional como modelo e apresentadora.
Elke chegou ao Brasil ainda criança e morou em Minas Gerais com os pais. Se formou em Letras, e trabalhou como bancária para pagar a faculdade e o aluguel. Falava nove idiomas e aos 24 anos passou a trabalhar como modelo e manequim. Ficou nacionalmente conhecida na “Discoteca do Chacrinha”, seu primeiro trabalho na TV. Também participou de novelas e filmes.
Ela se casou oito vezes com homens de várias nacionalidades e fez três abortos. O motivo de não ter sido mãe, segundo ela, era de que não saberia educar uma criança. Elke ainda ficou presa no Brasil durante seis dias no período do regime militar por desacato em um aeroporto do Rio em defesa de sua amiga, a estilista Zuzu Angel. Por conta do episódio, teve a nacionalidade brasileira cassada.
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