Dois ônibus da empresa Plataforma, do consórcio Integra, foram incendiados na Avenida Paralela, na noite desta sexta-feira (13). Segundo informações da Central de Polícia, os coletivos foram queimados após um protesto na altura do bairro de Pernambués, próximo a Grande Bahia. Os veículos estão na via marginal da avenida.
Ainda de acordo com a polícia, os manifestantes bloquearam a via no sentido Iguatemi, com pneus e também tocaram fogo nos objetos. Em seguida, os coletivos foram queimados. A manifestação aconteceu por volta 19h40.
Veja o vídeo
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Segundo informações do major Sérgio Mercês, comandante da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pernambués)CIPM, os motoristas relataram que cerca de 10 homens (alguns deles armados), mandaram que os passageiros e os motoristas descessem dos coletivos, estacionaram um ao lado do outro e incendiaram ambos. Em cada veículo, havia cerca de 30 passageiros.
Ainda segundo o comandante, momentos antes um protesto estava acontecendo no local em represália a uma operação realizada na região da avenida na tarde desta sexta-feira. Durante a intervenção policial, houve troca de tiros em um matagal e um adolescente morreu.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que policiais civis do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) foram até o final da Avenida Paralela, para apurar informações sobre a queima dos ônibus. Guarnições de unidades especializadas da Polícia Militar reforçam o patrulhamento na área e estão dando apoio nas diligências.
Segundo informações da Secretaria municipal de Mobilidade (Semob), somente no ano passado, foram 38 coletivos incendiados em Salvador. Destes, dez tiveram perda total. Esse ano já foram incendiados três coletivos.
Moradores da comunidade contaram ao Correio que o adolescente morto durante a intervenção policial estava jogando bola em um campo de futebol, que fica em uma área de matagal, no momento em que foi morto. O adolescente foi identificado como Diogo e trabalha como soldador na comunidade, segundo os moradores.
Revoltados, eles prometem um novo protesto na região. "Amanhã não vai passar um carro nessa Paralela. A comunidade está toda revoltada, se eles chegam aqui pra pegar bandido, tudo bem. Mas matar assim o menino inocente?", disse uma moradora.
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