O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira para tentar anular o depoimento do empresário Júlio Camargo, que o acusou na semana passada de ter cobrado 5 milhões de dólares em propina para facilitar contratos na Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.
Camargo, que assinou acordo de delação premiada, fez o relato ao juiz Sérgio Moro, que comanda o caso na primeira instância. A defesa de Cunha argumenta que, como parlamentar federal, ele tem foro privilegiado e só pode ser investigado pelo Supremo, daí o pedido de destituição de Moro, "por usurpação" de funções, e anulação de tudo que foi colhido no processo até agora que tenha alguma ligação com ele.
O apelo será analisado pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, já que está em curso o período de recesso do Judiciário.
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