O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que sejam diagnosticados mais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, com 10,5 mil no Nordeste e 2.560 na Bahia.
No Estado, em 2010, a taxa de mortalidade era de quase 16 para cada 100 mil mulheres entre 30 e 69 anos por conta da doença, quando a média era de 16,8 para o Nordeste, como mostram os mais recentes dados da Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A oncologista do Instituto de Oncologia AMO/Hospital da Bahia, Vanessa Dybal, explica que alguns fatores de risco favorecem o aparecimento da doença, como exposição excessiva a hormônios femininos, tabagismo, falta de atividade física e obesidade. “Menos de 10% dos tumores malignos da mama são de causa hereditária ou genética e, em relação a fatores alimentares, não foi comprovadamente relacionado como fator causal da doença, acrescenta.
Mesmo com menor número de casos hereditários, a oncologista alerta para a importância de mulheres com histórico familiar extenso de cânceres em geral serem avaliadas por um geneticista. “A síndrome mais conhecida de câncer de mama hereditário é a das mutações do gene BRCA. A suspeita para a existência deste tipo de mutação acontece na presença de alguns critérios como dois familiares em 1º grau com câncer de mama, um dos quais com diagnóstico antes dos 50 anos, e a combinação de três ou mais familiares de 1º ou 2º graus com câncer de mama, independentemente da idade ao diagnóstico”, aponta.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo duro e, em regra, indolor, embora a oncologista cite outros que sinalizem a necessidade de se buscar um mastologista como, por exemplo, a retração da pele ou a não movimentação de determinada parte da mama ao se elevar os braços, vermelhidão ou inchaço da mama que não melhoram após tratamento de causas infecciosas e saída de secreção ou feridas nos mamilos.
Outubro Rosa
Em referência a campanha mundial de combate ao câncer de mama, denominada de Outubro Rosa, o Hospital da Bahia, através do seu Instituto de Oncologia, vai promover um bate-papo entre a comunidade, médicos e profissionais da saúde no dia 17 de outubro, a partir das 8 horas, na Praça Aquarius, na Pituba.
O evento contará com stands que oferecerão serviços gratuitos de aferição de pressão arterial, teste de glicemia e orientações nutricionais. O público ainda terá acesso a mamógrafo móvel e a mamamiga, método didático usado para auxiliar no diagnóstico do câncer de mama em sua fase inicial. A mamamiga tem como principal objetivo estimular a prática do autoexame de mamas.
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