O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse nesta 4ª feira (17.out.2018) que o presidente Michel Temer ficou “muito indignado e abalado” com o seu indiciamento no inquérito que apura o favorecimento da empresa Rodrimar na edição do chamado Decreto dos Portos.
Marun ainda critica o fato da filha do presidente, Maristela Temer, ter sido indiciada. Segundo Marun, indiciar parentes é uma “prática nefasta” e isso ocorre para “abalar o ânimo de quem se quer atingir”.
“Mesmo que alguma das circunstâncias fosse fato, e não é, mesmo assim não haveria atitude criminosa da filha do presidente. Essa é uma prática nefasta que infelizmente está se tornando uma constante aqui no Brasil”, afirmou.
A declaração foi feita após solenidade ocorrida nesta tarde no Palácio do Planalto. Temer não comentou o assunto e disse apenas que se pronunciaria nesta 5ª feira (16.out.2018).
Marun criticou ainda o indiciamento do presidente em 1 processo que, segundo ele, não apresenta provas. Temer e mais 10 pessoas, incluindo sua filha Maristela, foram indiciados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os indiciamentos estão no relatório final da investigação da Polícia Federal entregue nesta 3ª feira (16.out.2018) ao relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso.
Após receber o documento, Barroso pediu parecer da Procuradoria-Geral da República, que terá 15 dias para se manifestar sobre eventual denúncia contra os acusados.
A defesa do presidente pediu ao ministro Barroso a anulação do indiciamento.
Com informações da Agência Brasil
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