Em setembro, as vendas do varejo na Bahia seguiram em alta de 0,8% frente ao mês anterior. Foi o quinto avanço consecutivo nessa comparação, embora num ritmo bem menor do que o verificado em meses anteriores. Já em comparação com setembro de 2019, as vendas na Bahia mostraram um crescimento mais expressivo, de 7,1%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o segundo avanço consecutivo nesse confronto e o melhor resultado para um mês de setembro desde 2012, quando as vendas haviam crescido 11,0%.
O avanço baiano (7,1%) ficou um pouco abaixo do resultado nacional (7,3%). Na comparação com setembro de 2019, todos os estados tiveram aumento nas vendas, com destaques positivos para Piauí (23,9%), Maranhão (21,6%) e Acre (19,9%).
Os resultados do varejo baiano em setembro ainda não foram suficientes, porém, para que o setor tenha desempenho positivo no acumulado no ano de 2020. Frente ao mesmo período do ano passado, as vendas ainda caem 6,2% nessa comparação.
Nos 12 meses encerrados em setembro, frente aos 12 meses anteriores, o varejo do estado também ainda mostra recuo (-3,1%). Ambos os desempenhos seguem piores que os verificados no Brasil como um todo (0,0% e 0,9%, respectivamente).
Categorias
Além deles, os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,7%) também foram importantes no sentido de puxar as vendas do varejo da Bahia para baixo. O segmento mostrou seu segundo resultado negativo consecutivo e a maior queda para um mês de setembro em três anos, desde 2017 (-13,6%). Com o maior crescimento no mês, as vendas de móveis e eletrodomésticos (51,3%) mostraram seu quarto resultado positivo consecutivo e foram, mais uma vez, as que mais contribuíram para a alta do varejo como um todo, no estado
O segundo principal impacto positivo no comércio da Bahia em setembro também veio novamente dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (17,9%), cujas vendas cresceram pelo segundo mês seguido e num maior ritmo que em agosto (10,5%). O segmento concentra lojas de departamento e os grandes sites de varejo on-line.
Os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,1%) e os combustíveis e lubrificantes (5,7%) completaram os resultados positivos.
Entre as atividades em queda, os maiores recuos e principais influências negativas em setembro, na Bahia, vieram novamente dos segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (-40,4%) e dos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-25,3%). Ambos já vêm com resultados bastante negativos desde muito antes da pandemia da Covid-19.
A Tarde
Economia