Uma mobilização de criadores de cavalos de raça, proprietários de haras, fazendeiros, vaqueiros e trabalhadores rurais de diversas regiões do país, pretende parar Brasília nesta terça-feira (25). É uma forma de protesto contra a determinação da justiça federal de proibir a realização de vaquejadas. A Bahia tem muitos representantes.
Desde o fim de semana, diversas caravanas começaram a chegar na capital federal, em comboios de caminhões, carretas e outros utilitários. Até a tarde desta segunda-feira os organizadores calculavam que cerca de 500 veículos já estavam em pontos estratégicos, nos arredores de Brasília.
As caravanas armaram verdadeiros acampamentos e todos prometem sair em direção à Esplanada dos Ministérios a partir desta noite, para que haja tempo de organização dos protestos que devem se estender por todo o dia, indo, inclusive, para o congresso nacional onde os manifestantes esperam apoio político pela causa que defendem. Pela previsão dos organizadores, 10 mil pessoas devem estar presentes.
A proibição da vaquejada ocorreu no fim do mês passado, depois que a Justiça Federal derrubou uma lei do estado do Ceará que regulamentava a realização desse tipo de competição. A decisão atingiu o resto do país e a reação dos adeptos da vaquejada tem dois motivos: o primeiro é o número de trabalhadores que vão ficar desempregados e o outro aspecto é o cultural.
Pelos cálculos dos organizadores de vaquejadas em todo o Nordeste, cerca de 500 mil pessoas vivem de vaquejadas em todo o país e a proibição desse esporte vai provocar um grave problema social.
“Eu acredito que essa manifestação, além de mostrar a união , característica de quem vive no meio do cavalo, vai fortalecer todos os esportes equestres, em todos os sentidos, principalmente na área de bem estar animal, pois estamos lutando por uma causa e com certeza uma das grandes mudanças será na conscientização de que não pode haver retrocesso! A fiscalização entre as próprias entidades que organizam os eventos equestres com certeza será fortalecida, coisa que o governo não iria conseguir caso a vaquejada fosse proibida”, opina Cristiano, um dos baianos presentes à manifestação.
[caption id="attachment_47924" align="aligncenter" width="696"] Representantes de vaquejadas se reuniram com ministro da Cultura, nesta segunda (24) (Foto: Divulgação)[/caption]
Os baianos estão fortes nessa manifestação e prometem cobrar ações dos políticos que representam o estado no Senado e na Câmara dos Deputados. Na tarde de hoje (24), um grupo se reuniu com o ministro da Cultura, Marcelo Calero, em Brasília. O Ministério ainda não emitiu um posicionamento acerca da proibição da prática da vaquejada.
Saíram grupos de vaqueiros de várias regiões onde a tradição da vaquejada também está ameaçada aqui no estado.
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