A AstraZeneca anunciou nesta 2ª feira (23.nov.2020) que a vacina contra a covid-19 que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford tem eficácia que varia de 62% a 90%, dependendo da dosagem aplicada. Os resultados são preliminares e levam em consideração testes feitos no Reino Unido e no Brasil.
A eficácia ficou em 90% quando os participantes receberam meia dose da vacina e, 1 mês depois, uma dose completa. Quando foram aplicadas duas doses completas, também com 1 mês de diferença entre elas, a eficácia caiu para 62%.
A proteção ocorre a partir dos 14 dias depois da aplicação da 2ª dose da vacina. Segundo a farmacêutica, nenhum caso grave da doença foi relatado nos participantes que receberam o imunizante.
“Hoje é 1 marco importante em nossa luta contra a pandemia. A eficácia e segurança desta vacina confirmam que será muito competente contra a covid-19 e terá 1 impacto imediato nesta emergência de saúde pública”, falou Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca, em comunicado (íntegra – 149 KB).
“Essas descobertas mostram que temos uma vacina eficaz que salvará muitas vidas. Incrivelmente, descobrimos que 1 de nossos regimes de dosagem pode ser cerca de 90% eficaz e, se esse regime de dosagem for usado, mais pessoas podem ser vacinadas com o fornecimento planejado de doses”, declarou Andrew Pollard, investigador-chefe do departamento de vacinas da Universidade de Oxford.
De acordo com o comunicado, a farmacêutica “está fazendo 1 rápido progresso na fabricação [da vacina], com uma capacidade de até 3 bilhões de doses em 2021”.
A AstraZeneca afirmou que pedirá à OMS (Organização Mundial da Saúde) autorização de uso emergencial para distribuir a vacina em países de baixa renda. A farmacêutica disse ainda que vai preparar submissões regulatórias em países que têm programas para aprovação antecipada de imunizantes contra a covid-19.
O Brasil tem acordo com a AstraZeneca/Oxford para a compra de 100 milhões de doses pelo Ministério da Saúde e transferência da tecnologia para a produção do imunizante em solo nacional.
Na última semana, a Pfizer divulgou estudos que mostram que sua vacina contra a covid-19, desenvolvida com a BioNTech, tem 95% de eficácia. O imunizante da Moderna tem 94,5%.
Poder360
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