O presidente Michel Temer volta da Alemanha, onde participou de encontro do G20 - grupo que reúne as 19 maiores potências econômicas do mundo mais a União Europeia -, com a missão urgente de tentar barrar o desembarque do PSDB do governo.
Com um encontro de emergência já agendado para discutir o assunto, na próxima segunda-feira (10), os tucanos estão, de acordo interlocutores do Planalto, cada vez mais convencidos de que o melhor é "abandonar o barco" o quanto antes.
Nos últimos dias, a ideia tem ganhado força. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), chegou a defender o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para a cadeira de Temer, enquanto o presidente do Senado em exercício, o também tucano Cássio Cunha Lima, considerou que o atual governo está "no início do fim".
Diante do cenário, Temer planeja a última cartada: pedir ajuda ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O peemedebista já teria acionado o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, na tentativa de conseguir um encontro com o cacique tucano.
A preocupação é conseguir manter a legenda na base do governo, ainda mais em um momento extremamente delicado para Temer, quando precisa de votos contra a denúncia de corrupção passiva da qual é alvo, de autoria do Ministério Público Federal.
A empreitada, no entanto, não será fácil, acreditam assessores do presidente, já que FHC, após as delações da JBS e com o agravamento da crise política, chegou a pedir a renúncia de Temer, em um "gesto de grandeza", além de enviar uma carta ao presidente, solicitando a realização de eleições diretas. De acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, do portal G1, Temer nunca respondeu a Fernando Henrique.
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