Taxistas em Toronto, no Canadá, entraram na Justiça contra o aplicativo de transporte Uber, pedindo indenização de US$ 307 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) e que o serviço seja interrompido na província de Ontario.
A ação alega que o aplicativo criou um "enorme mercado" de transporte ilegal na cidade. O serviço utiliza motoristas que não são taxistas licenciados.
O Uber permite que passageiros solicitem corridas de motoristas na área e suas tarifas são geralmente mais baixas daquelas cobradas por táxis tradicionais. O serviço também permite que a corrida seja compartilhada.
O processo foi aberto por um escritório que disse representar todos os taxistas e empresas na província canadense e, se o caso for aceito por um juiz, motoristas e companhias poderão optar por não serem envolvidos na ação.
A medida ocorre após uma corte local ter rejeitado um projeto da cidade de interromper os serviços do Uber em Toronto, citando não haver evidência de que estaria operando como mediador de transporte.
O Uber respondeu dizendo que o processo "protecionista" não tem mérito. "Como vimos numa decisão recente em Ontario, o Uber está operando legalmente e é um modelo de negócio diferente dos serviços de táxi tradicionais", disse uma porta-voz à agência de notícias Reuters na quinta-feira.
A empresa, com sede em San Francisco, tem enfrentado batalhas judiciais em diversos países onde opera. Na semana passada, foi multada em US$ 7,3 milhões (R$ 24,4 milhões) na Califórnia por não repassar informações sobre incidentes a reguladores.
Manifestações têm ocorrido em diversos países, inclusive no Brasil, onde taxistas protestaram no Rio de Janeiro na sexta-feira contra o aplicativo.
Atos também foram registrados em Canadá, França, Hong Kong, Índia, África do Sul, Estados Unidos e Grã-Bretanha. Na França, protestos se tornaram violentos e, na África do Sul, a empresa teve que disponibilizar segurança para seus motoristas que foram ameaçados por rivais.
Na Índia, uma mulher abriu um processo contra o Uber alegando ter sido estuprada por um de seus motoristas. Acusações de abuso sexuais também foram feitas nos EUA e Canadá.
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