[dropcap]U[/dropcap]ma semana após ser beneficiada pela progressão para o regime semiaberto, Suzane Richthofen surpreende ao pedir para continuar cumprindo pena no regime fechado por, pelo menos, mais seis meses.
O pedido foi feito pela própria Suzane à direção da Penitenciária Feminina 1 de Tremembé, onde ela cumpre pena de 39 anos e seis meses, em regime fechado, pela morte dos pais. O engenheiro Manfred von Richthofen e sua mulher, Marísia von Richthofen, foram mortos em 31 de outubro de 2002, enquanto dormiam, na residência da família, no bairro do Brooklin, na capital paulista.
Suzane, que aguardava transferência para o regime semiaberto, enviou na segunda-feira, 18, carta à direção da PF-1 pedindo para não ser transferida. Na carta, ela disse que pretende cumprir a progressão na própria unidade, onde está sendo construída uma ala de semiaberto, cujas obras estão previstas para serem concluídas em seis meses.
Com a espera, Suzane poderia continuar desempenhando seu trabalho na unidade e ter direito à remição de pena (um dia para cada dois trabalhados) e ainda receber os salários pelas atividades, que são desempenhadas em convênio com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap).
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que “Suzane declarou que gostaria de permanecer na Penitenciária Feminina 1 de Tremembé, aguardando o término da ala de regime semiaberto que está sendo construída na penitenciária”, diz nota da SAP. “A presa observa também que pretende continuar o trabalho na Funap, pois necessita da remissão e do salário das atividades”, completa a nota.
De acordo com a SAP, as obras da nova unidade de semiaberto da PF1 de Tremembé tiveram início em 8 de agosto e vão beneficiar 78 detentas, mas a previsão é de que só devem estar concluídas em fevereiro de 2015, tempo em que, se tiver o pedido aceito pela Justiça, Suzane continuará no regime fechado.
Fonte: Terra
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