[dropcap]O[/dropcap] homem suspeito de estuprar uma jovem de 18 anos dentro de uma boate na cidade de Jacobina, localizada na região norte da Bahia, já responde a um processo por estupro de vulnerável. A ação foi movida em 2014 pelo Ministério Público do estado (MP-BA) em Capim Grosso, a 280 quilômetros de Salvador. O G1 entrou em contato com o MP, na tarde desta quarta-feira (3), para saber detalhes do crime e da ação, que corre em segredo de Justiça, e aguarda um posicionamento do órgão.
O delegado Eduardo Brito, titular da 16ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Jacobina), que apura o crime da boate, confirmou a existência do processo de 2014 contra o suspeito, por supostamente ter violentado uma vítima menor de 14 anos. O suspeito, Marcus Rodrigues Machado, de 34 anos, está preso na delegacia de Jacobina, aguardando audiência de custódia pelo suposto crime na boate. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele nesta quarta-feira.
As roupas com marcas de sangue usadas pela jovem de 18 anos que acusa o homem de estupro não foram recolhidas para serem periciadas pela polícia. A informação foi divulgada pelo advogado dela, Pedro Cordeiro, que acredita que isso pode prejudicar as investigações.
“Eu não entendi porque esses objetos não foram recolhidos pela autoridade policial e ter remetido à perícia técnica para chegar à verdade real. Então é um dos fundamentos que mandamos petição ao Ministério Público para que se faça averiguação e se chegue a esses fatos”, diz o advogado.
A reportagem tentou contato com o delegado plantonista, que registrou o caso, mas não conseguiu. O advogado de Marcus também foi procurado, no entanto, não foi localizado.
O caso ocorreu na madrugada de domingo (31), véspera do Ano Novo. O suspeito, Marcus Machado, de 34 anos, continua preso na delegacia de Jacobina até esta quarta-feira (3). Ele nega o estupro e afirma ter feito sexo com o consenso da jovem. Uma audiência de custódia prevista para a terça-feira (2) não aconteceu porque o Judiciário ainda está em recesso.
O advogado da jovem que acusa o homem de estupro, Pedro Cordeiro, disse que uma decisão da comarca de Jacobina converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. “Ao entender do juiz, ele vai ter o tempo que durar o processo e pode ir até a condenação, com ele preso”, afirma o defensor.
Caso
As imagens da câmera de segurança da boate mostram o momento em que, segundo a vítima, pediu informações a Marcus sobre onde estavam os amigos e foi levada por ele para a saída de emergência da boate, onde teria acontecido o estupro.
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A amiga dela, Karen Dantas, disse ter ouvido a jovem gritando e ter encontrado ela depois o crime. A jovem e a amiga ainda contaram à polícia que foram agredidas pelo suspeito. Ao encontrar a amiga com o suposto agressor, Karen afirma que pediu socorro. “Comecei a gritar e ele saiu rindo”, disse. A amiga diz ainda que a jovem foi levada para o hospital com muito sangramento.
Karen conta que não tinha amizade, mas já conhecia o suposto agressor, que é um morador da cidade de Jacobina. Antes da situação, ela diz que o rapaz teria cumprimentado, inclusive, um dos integrantes do grupo de amigos da jovem que denunciou o estupro.
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