A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) atualizou neste domingo (25) para 30 o número de mortos no bombardeio norte-americano ao hospital da organização em Kunduz, Norte do Afeganistão.
O hospital foi atacado por aviões dos Estados Unidos (EUA) no dia 03 de outubro. No momento, três investigações apuram a responsabilidade dos Estados Unidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de autoridades afegãs no caso.
Em comunicado, os Médicos Sem Fronteiras dizem que o número de mortos continua aumentando. Das 30 pessoas mortas no bombardeio, 10 eram doentes, 13 funcionários e sete estão irreconhecíveis.
No sábado (24), a Otan afirmou que o seu relatório sobre as baixas civis é “confiável” e que a organização continua a trabalhar com o governo afegão para “identificar plenamente as vítimas”.
Contudo, os MSF têm pedido a realização de uma investigação independente, feita por uma comissão de inquérito internacional.
Os Estados Unidos já anunciaram que vão indenizar as vítimas do bombardeio e consideraram o ataque um “erro trágico”. O ataque forçou o fechamento do centro hospitalar, que tinha grande importância nessa região do país assolada pelo conflito entre os talibãs e o governo afegão e com escassos recursos médicos.
O bombardeio ocorreu poucos dias após a conquista de Kunduz pelos rebeldes talibãs. Muitos habitantes ficaram feridos na contraofensiva do exército afegão, apoiada por aviões de combate dos EUA.
O presidente norte-americano, Barack Obama, apresentou desculpas ao MSF e admitiu que o ataque foi um erro.
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