O descarrilamento de uma composição do metrô de Moscou nesta terça-feira (15), provocou a morte de ao menos 20 pessoas e deixou mais de 160 feridos. Essa foi uma das maiores catástrofes da história do metrô moscovita. As autoridades russas iniciaram uma investigação sobre uma eventual violação das normas de segurança no transporte.
Dezenove pessoas morreram no local do acidente e duas faleceram no hospital, segundo o ministério da Saúde russo. Além disso, 161 pessoas ficaram feridas, das quais 129 tiveram que ser hospitalizadas. Quarenta e duas delas se encontram em estado grave.
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, apresentou suas condolências às famílias das vítimas. O prefeito de Moscou, Serguei Sobianine, que visitou o local do acidente, decretou um dia de luto nacional. O acidente aconteceu na linha azul do metrô de Moscou por volta de 8h30 no horário local, entre as estações Park Pobedy, a mais profunda do metrô moscovita, aberta em 2003, e Slavianski Bulvar, inaugurada em 2008.
Imagens da televisão russa mostraram equipes de resgate retirando muitos feridos ensanguentados com a ajuda de macas, no interior das estações. Outras sequências mostravam passageiros ainda presos dentro dos vagões. Dezenas de ambulâncias e helicópteros estavam nas proximidades das duas estações de metrô para transportar os feridos para o hospital. Segundo os testemunhos das vítimas, o descarrilamento aconteceu após uma freagem brusca do trem.
Superlotação
Inaugurado em 1935 sob o governo de Stalin, o metrô da capital russa, que tem algumas estações notáveis do ponto de vista arquitetônico, é um dos mais frequentados do mundo. Em 2010, um atentado no metrô deixou 40 mortos. As autoridades russas iniciaram uma investigação sobre uma eventual violação das normas de segurança no transporte. Quando as causas do acidente forem reveladas, "os culpados dessa tragédia serão não somente demitidos, mas processados", disse o prefeito de Moscou.
Segundo Alexeï Khazbiev, especialista em transporte, o metrô de Moscou foi construído para transportar "de três a quatro milhões, no máximo seis milhões de pessoas por dia". Mas, atualmente, mais de nove milhões de pessoas "usam o sistema a cada dia", e "as velhas tecnologias não são mais adaptadas", avalia ele.
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