O superintendente de Trânsito de Feira de Santana, Francisco Júnior, esteve nesta segunda-feira (30) na Câmara de Feira para responder o requerimento de autoria do vereador Edvaldo Lima (PP), que solicita esclarecimento sobre a aplicação de mais de 50 mil multas no primeiro semestre de 2015.
A informação sobre a estimativa foi divulgada com exclusividade em agosto deste ano pelo Acorda Cidade, que realizou uma entrevista com o superintendente sobre as infrações mais cometida pelos feirenses.
A sessão aconteceu com tumulto, pois de acordo com alguns vereadores, o superintendente “fugiu” do tema requerido. Edvaldo Lima e Eremita Mota (PDT) disseram que Francisco deveria se prender ao assunto proposto na Casa.
Após pronunciamento sobre ações da SMT, os edis fizeram perguntas, como por exemplo, sobre qual o valor arrecadado com multas e aplicações de recursos. O superintendente respondeu que, naquele momento, não tinha os valores exatos de quanto a SMT arrecadou com aplicação de multas. Ele também informou que não responderia às denúncias de irregularidades feitas pelo vereador David Neto (DEM).
De acordo com Neto, a SMT, comandada pelo superintendente Francisco Júnior, estaria envolvida em um esquema de desmanche de carros apreendidos pela fiscalização, em um terreno no bairro São João do Cazumbá. “Vou me prender ao requerimento. Esse assunto tem sido investigado por uma sindicância e prefiro não fazer pré-julgamentos”, declarou Francisco.
Edvaldo diz que vai colocar em tramitação na Casa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que as ações da SMT possam ser investigadas e debatidas. Para abertura da CPI são necessárias sete assinaturas, porém Edvaldo conseguiu, além da dele, apenas as assinaturas dos petitas Beldes Ramos e Alberto Nery. “Falei com a maioria dos colegas, mas ainda não consegui o apoio suficiente, mas vou continuar tentando, porque é preciso apurar todas essas situações”, declarou Lima.
O líder do Poder Executivo na Casa, vereador José Carneiro, diz ter sido válida a presença de Francisco. Ele disse ainda que o requerimento proposto foi mal formulado, pois apenas pede explicações sobre quais seriam os motivos das notificações de trânsito.
Ao Acorda Cidade, Francisco não informou o valor arrecadado com notificações em Feira. Ele disse que esses valores estão em relatórios que são enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), acrescentando que "os recursos arrecadados com as multas são destinados ao próprio trânsito. Mais de 200 palestras educativas já foram realizadas para conscientizar a população" concluiu.
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