Moradores da Rua João Lima de Oliveira no conjunto José Ronaldo de Carvalho, em Feira de Santana, impediram a passagem de um carro da Coelba, que passava pelo local na final da manhã desta quarta-feira (6).
Os moradores afirmam que estão sem energia elétrica desde a última segunda (4), quando ocorreu um curto-circuito em um poste, e afirmam que por a Coelba não ter dado assistência, eles resolverem reter o carro da concessionária.
A moradora Sonia Fernandes de Souza afirmou que perdeu vários alimentos que necessitam de refrigeração, e não sabe se os aparelhos elétricos estão ou não funcionando. “Só vamos saber quando religar a luz. Estamos sem energia desde segunda, por volta das 14h, após um curto circuito na rede elétrica. O fio ficou pendurado e ficamos sem energia. Até agora ninguém resolveu nada”, disse.
O comerciante Nilton Alves Coutinho, também reclama de prejuízos. Ele é dono de um mercadinho e disse que perdeu alimentos como calabresa, carne, salsicha, presunto, queijo, carnes, iogurtes, entre outros. “A gente ligou diversas vezes para a Coelba e eles sempre informavam que uma equipe chegaria dentro de algumas horas, mas até o momento nada foi resolvido. Tem um carro preso aqui, sem ter culpa de nada, e agora mandaram outro carro para resolver, mas os funcionários afirmaram que não tinha cabo e voltaram novamente”, relatou.
A moradora Eleni Peixoto está cuidando de uma senhora de 85 anos, que, segundo ela, necessita de aparelhos para respirar, que depende da energia elétrica. “Essa senhora é cega e precisa desse aparelho. Estamos sem energia desde segunda. A Coelba já mandou uma equipe aqui, mas não resolveu nada. Hoje um carro estava passando e a gente segurou aqui pra eles tomarem uma providência. Todas as casas da rua estão sem energia e os moradores já perderam todos os alimentos que necessitam ficar na geladeira”, afirmou.
Casas alagadas
Os moradores do conjunto José Ronaldo ainda reclamam que água das chuvas invadiu diversas casas. Margarida Alves, que mora na Rua João Lima Oliveira, disse que a água chegou a meio metro de altura. “A situação com as chuvas está complicada. A água invadiu minha casa, quase me leva, pois o calçamento não é bom e não tem rede de esgoto. Não consegui nem dormir, os vizinhos que deram apoio pra mim e meus filhos”, relatou.
Luzia Lima Guedes é moradora da Rua Antônio Carlos Borges Junior. Ela conta que retirou a água de dentro de casa com um balde. “Minha casa ficou alagada. Pedi cama, guarda-roupa e a situação está ficando difícil. Tem um terreno baldio na frente e a água fica empossada. A situação é complicada para os moradores, não tem como dormir”, disse.
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