O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, participou de uma sabatina promovida pela GloboNews nesta quarta-feira (1º). Ao ser questionado sobre um suposto isolamento de sua candidatura dentro do espectro político brasileiro, Ciro demonstrou frustração com o PT, lembrando que foi fiel a Lula por 16 anos: "Eles (PT) não estão pensando no país. Querem perpetuar um projeto de poder. O comportamento do PT de insistir numa candidatura que tende a ser impugnada é hostil à sorte do povo brasileiro".
Sobre os 77 processos que responde na Justiça, Ciro voltou a criticar o MDB e se disse orgulhoso: "Eu sou um indignado. Tenho 77 processos por denunciar pessoas como Eunício Oliveira, Eduardo Cunha e Michel Temer. Fora do Brasil isso é visto como virtude (...) Eu sei factualmente que o Michel Temer é ladrão e por isso o chamo de ladrão".
"Não aceito negociação com a quadrilha que tomou conta do PMDB", declarou Ciro. "Parte dela está na cadeia e a outra parte vai. Fui processado por Eduardo Cunha, que está na cadeia. Fui processado por Michel Temer, que não está na cadeia porque subornou a maioria do parlamento para não responder às denúncias que o Supremo encaminhou. Eu denunciei o Gedel, que tá na cadeia, e por aí vai", disse.
Ciro Gomes ainda falou sobre a prisão de seu ex-aliado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sobre a dificuldade de fechar alianças políticas e seu plano de governo.
O candidato rechaçou aumentar impostos de pessoas físicas, mas disse que vai endurecer o jogo para as grandes empresas. Também disse que pretende ativar pesadamente a construção civil como medida para geração de emprego. Segundo o pedetista, obras de saneamento básico e moradias populares seriam o maior foco.
Sobre segurança pública, Ciro afirmou que pretende aumentar o efetivo de inteligência da Polícia Federal para estudar o crime organizado. Ele se disse contra a diminuição da maioridade penal, pois acredita que o tráfico seguirá recrutando crianças e jovens.
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