O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (5) durante a abertura da etapa paulista do congresso do PT, que, se quiserem o “pegar”, terão que competir com ele pelas ruas do país.
Após mencionar a hipótese de prisão, Lula afirmou que “hoje, aos 71 anos, está com mais tesão para ser candidato”. “Se quiserem me pegar, se quiserem evitar minha candidatura, terão que competir comigo pelas ruas deste país.”
O ex-presidente disse que há dois anos ouve pela imprensa que será preso no dia seguinte: “Se eles não me prenderem logo quem sabe um dia eu mande prendê-los por mentira”.
Lula chamou José Dirceu – libertado da prisão pelo Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (2) – de companheiro e voltou a afirmar que existe um “pacto diabólico entre a operação Lava Jato e os meios de comunicação”.
Dirceu, que estava preso desde 2015 por decisão de Sergio Moro, juiz responsável pela Lava Jato em primeira instância -foi ovacionado pelos petistas no início do evento.
No discurso, Lula disse que há uma tese pronta contra ele sobre a qual falará na quarta-feira (10) durante depoimento a Moro.
Após elencar críticas às medidas implementadas pelo governo Temer, Lula voltou a falar de seu próprio destino. “Estou mais preocupado com o que pode acontecer com a classe trabalhadora do que pode acontecer comigo”.
Lula também chamou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de almofadinha e disse que seus opositores devem estar desesperados com a ascensão nas pesquisas de intenção de voto para 2018 do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), a quem definiu como fascista.
O ex-presidente se comparou a um pé de mandacaru, capaz de sobreviver na seca. Durante seus 50 minutos de discurso, Lula se disse um homem de sorte e paciente. “Na hora que tentam destruir uma biografia que não devo a eles, devo a vocês, vão ter que me enfrentar outra vez nas ruas.”
Antes do discurso de Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o depoimento foi adiado para que forjassem provas contra o ex-presidente.
Informe Baiano
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