A Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) registrou 101 ocorrências de afogamento na orla da capital baiana desde a reabertura das praias pela prefeitura, há mais de dois meses, em meio ao afrouxamento das medidas de quarentena na cidade. Em setembro, foram 44 ocorrências. Outubro registrou 42 casos. Até esta quarta-feira (25), o mês de novembro contabiliza 15 ocorrências.
Segundo informações da coordenadoria, a mudança de estações, saindo da primavera para o verão, gera correntes muito fortes na região atlântica da orla, pedindo mais atenção aos banhistas antes de entrar no mar. As mudanças de correntes são muito frequentes e, a olho nu, não conseguem ser notadas quando acontecem.
Por esses motivos, a Salvamar alerta a população, recomendando primeiro que, na chegada, busquem um salva-vidas para ter informações sobre condições da maré e situação da praia, se está favorável ao banho de mar ou não. Deve-se também evitar as profundidades por consequência do risco de afogamento.
Outro ponto destacado pelo grupo de salvamento aquático é não deixar de observar as sinalizações, onde a bandeira vermelha indica que é uma área de perigo. A amarela aponta para a presença de salva-vidas. Além disso, é necessário respeitar as placas de risco de afogamento.
Os acidentes mais comuns entre os banhistas são os afogamentos por imprudência, negligência e falta de atenção para a sinalização. Entre as praias com maior quantidade de ocorrência estão as de Jardim de Alah, Jaguaribe e Praia do Flamengo, ainda conforme dados do Salvamar.
Para famílias com crianças, a recomendação são as praias de Piatã e Itapuã, devido à proteção dos arrecifes, mas com ressalvas. “Não deixa de ser arriscado, a depender do estado da praia. A maré baixa é mais favorável para estar com crianças. Já na maré cheia, todas elas são arriscadas”, destaca o coordenador da Salvamar, Yuri Carlton.
Protocolos
Com exceção da Praia do Porto da Barra, que só pode ser frequentada de terça-feira a sábado, todas as outras praias da capital baiana podem ser frequentadas de segunda a sábado sem restrição de horário. Em domingos e feriados permanecem interditadas.
Em todas elas, deve ser respeitado o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, durante toda a permanência. O uso da máscara é obrigatório, até mesmo durante a prática de atividades físicas, com exceção das aquáticas, momento em que o distanciamento deverá ser de 2 metros.
São permitidas atividades físicas individuais ou em duplas, desde que os participantes usem máscara durante a prática. Estão proibidas atividades que geram aglomerações, como piqueniques e luaus. O uso de materiais como ombrelones, guarda-sóis, sombreiros e similares não são permitidos apenas no Porto da Barra. O comércio ambulante também está autorizado.
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