O juiz federal Leandro Paulsen, revisor da apelação do processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), acompanhou na íntegra o voto do relator. Com isso, são dois votos pela manutenção da condenação do ex-presidente.
Paulsen disse por volta das 16h desta quarta-feira (24) que a participação de Lula em desvios na Petrobras é "inequívoca". O relator, João Pedro Gebran Neto, votou pelo aumento da pena do ex-presidente.
"Há elementos de sobra a demonstrar que [Lula] concorreu para os crimes de modo livre e consciente, para viabilizar esses crimes e perpetuá-los", disse.
As suas considerações apontam por enquanto em direção similar à do relator, que manteve a condenação, aumentando a pena de Lula para 12 anos e 1 mês.
O revisor criticou atos de corrupção cometidos em exercício de função pública e rebateu as críticas sofridas pela corte devido ao trabalho no caso.
"É um elemento importantíssimo", disse ele. "A prática de crimes no exercício do cargo ou em função dela é algo incompatível."
Paulsen falou sobre as irregularidades na Petrobras descobertas na Operação Lava Jato e com casos já julgados na Justiça. Ele citou em seu voto depoimento do delator Pedro Corrêa, assim como fez o relator, João Pedro Gebran Neto.
Gebran optou por lembrar as dimensões do esquema na Petrobras antes de imputar crimes ao ex-presidente Lula.
Ele também citou no seu voto que integrantes do PT foram condenados no escândalo do mensalão, que incluiu, disse ele, "compra de apoio" político. Ele afirmou que mudaram os nomes dos envolvidos, como operadores e corrompidos, mas o sistema se manteve.
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Por Folhapress
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