Uma manifestação pacífica percorreu ruas e praças da cidade de Senhor do Bonfim (a 389 km de Salvador), na tarde desta sexta-feira, 23, véspera do São João, em protesto pela proibição da Justiça da conhecida 'guerra de espadas', prática comum na cidade no período junino, especialmente na noite de 23 de junho.
Em ritmo de marcha fúnebre, adeptos do costume levaram toda a indignação para as ruas, enquanto aguardavam com expectativa o trabalho dos advogados junto ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), para reverter a situação. Entre os moradores locais, o clima é de tensão.
“Sempre passamos a data por aqui para assistir as espadas e estávamos felizes com a lei municipal que tornou esse costume um patrimônio cultural e imaterial da cidade”, afirmou a visitante Margarida Assis.
Para a visitante, a prática “é a grande identidade do São João do município. “Sem a guerra de espadas, não é a mesma coisa”, disse.
Meninos feridos
Os dois meninos que tiveram os corpos queimados em uma fogueira, na zona rural de Luís Eduardo Magalhães (a 940 km de Salvador), na noite do último dia 21 de junho, permanecem internados no Hospital do Oeste, em Barreiras, confirmou nesta sexta a assessoria da unidade hospitalar.
De acordo com familiares, o mais velho, de 8 anos, teria pegado um vasilhame com combustível, sem o conhecimento dos responsáveis, e jogado parte na fogueira. No entanto, ao virar o galão com óleo diesel, o líquido escorreu sobre ele e sobre um irmão de um ano e oito meses. O mais velho teve 90% do corpo queimado. No bebê a queimadura atingiu cerca de 40% do corpo.
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