Luiz Fernando Wolff de Carvalho, proprietário da Triunfo Participações, responsável pela concessionária de pedágio Econorte, foi um dos presos na segunda fase da Operação Integração, nesta quarta-feira 26. Carvalho é primo de Rosangela Wolff, mulher do juiz federal Sergio Moro, que abriu mão do caso em junho.
Na época, Moro afirmou que a Operação Integração não tinha nenhuma ligação com a Petrobras ou com o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Afirmou ainda estar sobrecarregado. O caso foi redistribuído para o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, que determinou as prisões desta quarta.
No pedido de prisão formulado pelo Ministério Público Federal e aceito por Ribeiro, Wolff de Carvalho é descrito pelo delator Nelson Leal Júnior, ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), como sendo “o representante de empresa de pedágio que mantinha o contato mais próximo com o governo do Paraná”.
E-mails obtidos pelo MPF revelam que Wolff negociava diretamente com José Richa Filho, irmão do ex-governador Beto Richa, os reajustes nas tarifas praticadas pela concessionária.
Em nota, a Triunfo Participações afirma que “sempre contribuiu de forma transparente com as investigações ligadas à Companhia e suas controladas”. Diz também que, por ser uma empresa de capital aberto e ter ações negociadas nas Bolsa, “os resultados financeiros de suas controladas, inclusive Econorte, também são públicos e auditados por empresa de auditoria independente”.
Fonte: VEJA
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