Florisvaldo Moreira Santos Júnior, policial militar que trabalhava na guarda do Conjunto Penal de Feira de Santana, foi assassinado por volta de 1h da madrugada deste domingo (26), após uma perseguição na Avenida Nóide Cerqueira. O PM foi alvejado com um tiro no pescoço e morreu no local do crime.
De acordo com informações da delegada Ludmila Vilas Boas, que efetuou o levantamento cadavérico da vítima, o policial teria perseguido um veículo Honda Civic, placa NYZ 0210, onde estavam a ex-namorada e um rapaz, identificado como Ronaldo Jerônimo de Souza Carvalho. O casal saiu de um bar e estava chegando na casa da mulher, quando ela percebeu o carro do policial, um Corolla prata, parado na porta. Eles, então, fugiram do local e foram perseguidos por Florisvaldo.
Quando chegamos ao local, a primeira informação era que ele teria se envolvido em um acidente de trânsito, mas depois a Polícia Militar, os servidores da guarnição do local, informaram que ele teria perseguido um veículo, onde estariam um rapaz e uma ex-namorada dele e ao se aproximar do carro ele teria recebido um disparo no pescoço. A única testemunha no local seria essa ex-namorada, que disse que nessa perseguição ele também chegou a efetuar alguns disparos pra cima. No fim, se verificou que o crime foi passional, mas ainda outras pessoas deverão ser ouvidas, testemunhas que por ali passaram por acaso e também vamos observar as câmeras da Seprev, informou a delegada.
Ainda conforme as informações colhidas no local, durante a perseguição, o Honda Civic bateu em dois veículos e, em seguida, colidiu frontalmente com um poste, ficando parcialmente destruído. O policial teria parado o Corolla mais adiante, descido do carro e quando abriu a porta do veículo onde estava o casal, foi alvejado com o disparo no pescoço pelo atual companheiro da ex-namorada.
Ameaças
A delegada Ludmila Vilas Boas relatou ainda que a ex-namorada do policial militar, que pediu para não ter a identidade revelada, informou que tinha um relacionamento conturbado com a vítima e sofria agressões. Ela terminou a relação há cerca de um ano e desde então sofria ameaças do policial, que não aceitava o término.
Ela tinha um relacionamento conturbado com o policial e já havia registro de violência doméstica na Delegacia da Mulher. Ele também já tinha outros registros de um relacionamento anterior. Nós conseguimos os dados do telefone dele e vamos averiguar as conversas para conseguirmos traçar melhor um panorama dessa relação. O policial e o autor do disparo não se conheciam. As ameaças eram direcionadas à ex-namorada da vítima.
Também conforme a delegada, a mulher estava muito nervosa, em estado de choque, chorando muito em desespero. Após praticar o crime, o autor do disparo fugiu do local e está sendo procurado. A suspeita é que ele estava portando um revólver calibre 38, porém não foram encontradas cápsulas no local do homicídio.
A mulher não soube informar qual a arma que ele estava usando e disse que não imaginava que ele andava armado, até que viu ele sacar a arma da cintura e deflagrar contra o policial militar. Ela está com algumas escoriações nas pernas e ele evadiu-se do local do homicídio. Vamos instaurar o inquérito policial na Delegacia de Homicídios, buscar outras testemunhas dos fatos, as câmeras de videomonitoramento da Seprev, informações com familiares da vítimas, e sobre a vida pregressa do autor, para entendermos melhor essa dinâmica do crime, detalhou.
Fonte: Acorda Cidade
Bahia,Feira de Santana