Policiais civis da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) passaram a contar com um recurso de guerra na cruzada contra o tráfico de drogas em Salvador.
Guiados a distância, os chamados drones – aeronaves não tripuladas – têm auxiliado investigadores a mapear e a identificar possíveis rotas de fuga, pontos de venda de entorpecentes, armas e esconderijos em bairros e localidades consideradas áreas críticas da cidade. Atualmente, a unidade policial dispõe de dois equipamentos.
“É um recurso bastante útil, econômico, menor e mais preciso. Principalmente para adentrarmos em áreas mais populosas. Muitas vezes, perdemos tempo procurando um determinado alvo”, detalha o delegado André Viana, coordenador da COE.
Resultados
Ele explica que, desde a aquisição do novo aparato, já houve 19 diligências. Nesse período, a COE cumpriu dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão, contabilizou quatro flagrantes e chegou a uma área de plantio de maconha.
A incursão mais recente ocorreu na última quinta-feira, na localidade de Nova Constituinte, em Periperi, no subúrbio ferroviário. Durante a ação, sete equipes, com aproximadamente 30 policiais, coletaram nomes das ruas, travessas, numeração das casas, além do registro de estabelecimentos comerciais.
Segundo Viana, a utilização da ferramenta faz parte da operação COA (Conhecer, Operar e Aproximar), que visa estreitar laços com a população.
Enquanto o drone opera pelos ares, por terra os agentes distribuem panfletos do Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública. “Se a polícia não tiver apoio da comunidade, será difícil lograr êxito”, diz Viana.
Recursos
O delegado André Viana afirma que a operação COA é realizada semanalmente. De acordo com ele, por meio das imagens aéreas, é possível visualizar imóveis usados pelos traficantes e as possíveis rotas de fuga sob outra perspectiva.
“Isso nos auxilia a entrar nas localidades de uma forma mais efetiva, sem troca de tiros, a posicionar as viaturas de um determinado modo, entre outros pontos importantes”, acrescenta o titular da COE.
Segundo o delegado, as informações levantadas durante a realização das incursões aéreas serão repassadas para um futuro banco de dados, de modo a atender as outras unidades policiais.
“Essa ação faz parte de um projeto maior, de fortalecimento de mais de 40 operações integradas realizadas pela Polícia Civil”, salienta Viana.
A Tarde
blog