A polícia prendeu na tarde deste sábado (11) dez chineses que roubaram 15 mil testes para detecção do coronavírus e cerca de 2 milhões de itens entre máscaras, luvas, toucas, macacões, álcool gel e termômetros.
O material foi localizado em um galpão no bairro do Ipiranga por agentes do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) após a investigação do roubo ocorrido na segunda-feira (9), no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
O setor de inteligência da Polícia Civil descobriu que uma quadrilha, que tinha receptado a carga roubada do aeroporto, estava negociando os itens médicos por R$ 4 milhões.
O delegado Luís Alberto Guerra, da Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista, se passou por um empresário interessado em comprar a carga. A quadrilha queria vender o material por R$ 4 milhões e, após 10 horas de negociação, aceitaram o valor de R$ 3 milhões.
Quando o delegado do Dope chegou ao depósito pediu para ver a carga de equipamentos usados por médicos e enfermeiros no combate ao coronavírus e comprovou que o lote dos kits de testes para o coronavírus era o mesmo que foi roubado do aeroporto de Cumbica.
O líder da quadrilha, o chinês Zheng Xiao Yun, que se apresentou como presidente da Associação Xangai no Brasil, recebeu voz de prisão juntamente com outros 9 chineses. Yun disse aos policiais que a carga que estava no depósito era uma doação de empresários, que seria repassada aos hospitais brasileiros.
A versão não convenceu o diretor do Dope e todos foram presos em flagrante e levados para a delegacia. O delegado Luís Alberto Guerra explicou que a carga roubada do aeroporto de Cumbica era uma encomenda de uma importadora particular, atendendo pedidos de hospitais particulares, entre eles o Albert Einstein.
A Polícia Civil contatou o consulado da China em São Paulo e espera uma resposta oficial sobre a identidade de Zheng Xiao Yun e a confirmação de que ele representa de fato a Associação Xangai no Brasil.
Coronavírus,Brasil