Berço da indústria petrolífera no Brasil, a Bahia vai sair do mapa de exploração da Petrobras. A empresa informou aos trabalhadores que, até março, vai desligar todas as sondas de perfuração terrestre usadas para encontrar novos reservatórios no estado.
Com isso, 344 empregados da prestadora de serviços Lupatech serão demitidos segundo o Sindipetro-BA. Mil funcionários concursados que trabalham na região Nordeste se revezando em diferentes bacias vão perder a função. A empresa ainda não informou onde e com o que eles vão trabalhar.
“O número de demissões vai ser muito maior (do que os da Lupatech), já que, por desdobramento, trabalhadores das áreas de transporte, alimentação, vigilância e serviços especiais também serão impactados”, informou o sindicato, em nota.
Atualmente, a Petrobras explora 25 blocos na Bahia, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção média no estado já foi de 40 mil barris diários, mas hoje essa produção está na faixa de 32 mil barris por dia, provenientes de campos terrestres maduros. Além do desligamento das sondas de perfuração terrestres - a exploração marítima é muito pequena na Bahia -, a Petrobras planeja reduzir de 20 para 17 o número de sondas de produção no estado.
O processo faz parte do programa de redução de investimento da empresa, estimado em R$ 7 bilhões apenas em 2016. Ao abandonar a exploração na Bahia, a Petrobras encerra uma fase de sua história. O primeiro óleo no Brasil foi descoberto no estado, em 1930, no bairro de Lobato em Salvador.
A produção local motivou a criação da Petrobras, em 1953, que se manteve exclusivamente na Bahia até o ano de 1965.
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