Após ser golpeada no peito, a adolescente Ingrid Lima dos Santos, 15 anos, entrou em desespero. Para evitar que a mãe, a cuidadora Cristina Batista, 39, fosse esfaqueada, ela tomou a frente e recebeu o golpe. “Ela entrou correndo na casa de minha irmã, pedindo socorro, pedindo ajuda. Depois, quando ela saiu, já caiu no chão e o sangue começou a cair”, contou o irmão da vítima, Everton dos Santos. O crime aconteceu por volta das 19h de sábado (20), na Rua João Ramos de Jesus, no bairro Jardim Cajazeiras, em Salvador.
[caption id="attachment_33612" align="aligncenter" width="620"] Ingrid devia R$ 15 a vizinha por três capas de celular (Foto: Reprodução)[/caption]
Ainda segundo Everton, Ingrid foi socorrida ainda consciente, mas a hemorragia foi piorando até ela chegar ao posto de saúde de São Marcos, para onde ela foi levada. “Ela ficou pedindo para não morrer, e quanto mais sangue ela via, mais ela ficava nervosa. Ela tentava falar e o sangue ia saindo”, contou um vizinho, que preferiu o anonimato.
Segundo Cristina, Aline chamou Ingrid de “caloteira” porque ainda não havia pago pelas três capas de celular. O xingamento foi o estopim da briga que acabou com a morte da adolescente. “Ela veio chamar minha filha de caloteira. Aí eu disse: 'ela não é caloteira, mas agora vai ser um pouco, porque eu ia pagar hoje, mas não vou pagar mais só por sua ousadia'”, contou.
Quando chegou em frente à casa de Cristina, Aline questionou se ela seria capaz de assumir os atos e tentou dar um murro na mãe da vítima. “Ela veio tentar me dar um murro, mas eu desviei. Aí Ingrid se meteu e ela puxou a faca e furou minha filha”, contou emocionada. “Depois, quando fui socorrer a minha filha, ela ainda jogou um copo na minha cara”, completou. O rosto de Cristina ficou com o hematoma da agressão.
A cena chocou os moradores, que não conseguiram evitar que Aline fugisse. “Ela subiu aqui ainda com a faca na mão, como se nada tivesse acontecido e entrou em casa. Depois, ela pegou as coisas dela e se mandou”, contou o vizinho. “O irmão dela disse que ela chegou em casa dizendo que 'fez merda', pegou os documentos e as coisas dela e saiu. Ela saiu pulando as casas dos vizinhos depois que soube que Ingrid tinha morrido”, contou o irmão de Ingrid.
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