Reflexo da pandemia, a falta de insumos como vidros e latas para a confecção de embalagens começa a prejudicar a oferta de cervejas. As cervejarias admitem dificuldades com o abastecimento de insumos, mas ressaltam que se trata de um problema pontual e que estão trabalhando para solucionar o problema.
A taxa de ausência do produto no mercado, chegou a 18,92% em outubro, contra os 12,4% no mesmo período do ano passado. Os dados são da Neogrid, empresa especializada na gestão da cadeia de suprimentos que atende 40 mil lojas grandes e médias no País.
“Não é um desabastecimento que deve fazer o consumidor sair correndo para estocar cerveja, mas é possível que ele não encontre a marca que gostaria na embalagem de preferência. O efeito de ruptura mede que a loja tem 80 ‘apresentações’ quando, na verdade, deveria ter 100”, explicou o CCO da Neogrid, Robson Munhoz ao Estadão.
A Ambev, que inaugurou em setembro uma fábrica de latinha em Minas Gerais para fazer frente ao aumento da procura durante a pandemia, disse que segue atendendo seus clientes e tem feito um esforço extra para atender à demanda crescente.
O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) disse que a falta de insumos é um reflexo do impacto de fornecimento que vem afetando diversos segmentos em “um contexto atípico motivado pela pandemia, tanto na cadeia de insumos como na retomada acelerada dos últimos meses”.
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