Moradores do Vale do Capão, na Chapada Diamantina, reunidos em torno do Conselho Gestor do Vale do Capão (CGVC), estão contra à decisão municipal de liberar a entrada de turistas na região já a partir do mês de outubro sem um planejamento prévio.
Nesta quarta-feira (30), às 10 horas, representantes do grupo prometem levar sua insatisfação para um encontro com o prefeito Ricardo Guimarães (PSD) na Câmara Municipal de Palmeiras, apresentando uma proposta de retorno gradativo do turismo a partir de novembro, mediante condicionantes como a implantação de protocolos de segurança sanitária.
O CGVC alega que a prefeitura de Palmeiras, município de onde o Capão é distrito, não tomou ainda as medidas necessárias para proteção da população local e dos próprios turistas, deixando todos apreensivos frente às ameaças da Covid-19.
Segundo eles, a região só dispõe de cinco leitos para pacientes infectados pelo coronavírus no Hospital Regional de Seabra, que atende a uma população de cerca de 300 mil pessoas dos municípios da Chapada Diamantina.
O grupo reivindica a implantação de uma barreira restritiva na estrada Palmeiras-Capão; permissão para a entrada de morador e parente de primeiro grau com comprovante de residência a partir de 5 de outubro; entrada de turistas apenas com comprovante de hospedagem; criação de um plano de fiscalização; monitoramento dos atrativos turísticos; conclusão do banheiro público da vila; instalação de três lavatórios para mãos; melhoria da coleta de lixo; e reestruturação da feira.
O Conselho de Gestão do Vale do Capão (CGVC) é formado por associações e grupos atuantes da sociedade civil que se uniram para colaborar no enfrentamento da pandemia da Covid-19, divulgando medidas sanitárias, realizando campanhas educativas e apoiando a população local.
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