Empresas e entidades alegam que serviço no país ficaria mais caro se SBT, Record e RedeTV!, de Amilcare Dallevo, negociassem valor do sinal digital na TV por assinatura.
A sociedade entre Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo pode não vingar. Isso porque a Telefônica, a Net, a Sky, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e a NeoTV se uniram para impedir essa fusão capitaneada pelos donos do SBT, Record e RedeTV!, diz o colunista de TV Daniel Castro, nesta quarta-feira (9). As empresas foram ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) levando documentos para impedir a sociedade.
Elas alegam que a fusão apresentaria "conduta abusiva" e "anticompetitiva", além de encarecer a TV paga ao consumidor. A ideia das três emissoras é negociar o sinal digital do trio com as operadoras de TV a cabo com a criação de uma empresa da qual cada rede teria uma parcela de participação. De acordo com a nova legislação brasileira, através da lei 11.485 de 2011, os canais têm o direito de negociar os seus sinais digitais com as operadoras e até mesmo impedir este carregamento.
Líder com 30% dos assinantes, a Globo já cobra para as empresas retransmitirem seu sinal digital. De acordo com o colunista, Net e Claro, pertencentes ao grupo América Móvil afirmaram ao Cade, órgão federal responsável por permitir ou não as fusões, que SBT, RedeTV! e Record são importantes para o serviço de TV por assinatura no Brasil. Isso porque na visão das duas empresas, o assinante deseja ter acesso à programação das emissoras com "qualidade e a conveniência que assiste à programação dos canais da 'TV paga'".
Sem trio, TV paga perderia assinantes
Na visão das operadoras, as três redes provocariam debandada de assinantes caso não estivessem mais em seus pacotes. Isso porque os canais possuem características únicas e não têm substitutos nos canais pagos. Em processo de fusão com a GVT, a Telefônica estimula que o trio de emissoras tem cerca de 1.456 milhão de assinantes, a partir de dados da audiência dessas redes. Juntas, GVT e Telefônica somam 1.805 milhão de clientes.
As duas empresas argumentaram ao Cade que o trio de emissoras representa "um insumo muito importante para a manutenção da competitividade de seus serviços" e que se unirem deixariam a TV paga refém dos canais. Já a ABTA atesta que a TV por assinatura ficaria mais cara e assim novos cliente, das classes sociais mais baixas, não teriam acesso ao serviço.
A NeoTV foi mais enfática e pediu a rejeição da sociedade ao Cade, alegando que a fusão pode "afetar drasticamente o desempenho das operadoras de pequeno porte", algo fundamental para a TV paga no país. E diz ainda que os sinais digitais da emissoras abertas é algo "indispensável para que uma operadora concorra no mercado de TV por assinatura".
A associação não concorda com as TVs abertas. E lembra o que ocorreu nos EUA, quando algo semelhante aumentou em 20% o preço da TV paga. A Anatel (Agencia Nacional de Telecomunicações) é quem vai regulamentar ou não a proposta de sociedade das emissoras abertas.
Silvio procura terno usado no Carnaval
Enquanto isso, o dono do SBT tem outra preocupação. O apresentador está atrás do terno usado por ele no desfile da Tradição no Carnaval de 2001. E para reaver a peça, o empresário já disse pagar recompensa de R$ 3,5 mil. Separado de Rayanne Morais, Latino se ofereceu a doar seu terno de casamento - um modelo também prata - para Silvio, que já propôs ainda aliança das emissoras contra a Globo.
Sociedade,Brasil hoje,Notícias do Brasil,TV,Edir Macedo,Contra,Silvio Santos,Brasil,Operados,Unem
