Os interessados em assistir à Rio-2016 não precisam se preocupar. Cerca de 1 milhão de ingressos ainda estão disponíveis para diversas modalidades, como atletismo, vôlei, vôlei de praia, basquete e natação, segundo o último levantamento.
Apesar do alto número de ingressos, a organização diz que não há encalhe. O Comitê afirma estar perto de atingir a meta estabelecida de venda de tíquetes. Dos 6,1 milhões de bilhetes abertos ao público, cerca de 5 milhões já foram adquiridos.
— O brasileiro tem essa característica, de comprar em cima da hora. É normal. Estamos a menos de 2% de alcançar o nosso objetivo — explica Danielle Lorandi, do departamento de comunicação da Rio-2016.
Da carga total, boa parte é para os lugares mais nobres e, portanto, mais caros. Porém, o torcedor poderá encontrar bilhetes mais baratos no dia da sessão. Por lei, 6% dos ingressos são destinados a cadeirantes e deficientes físicos. Caso eles não sejam adquiridos por quem tem o benefício, serão disponibilizados para o público no dia.
Torcedores pagam caro, mas lugares estavam errados
O advogado Ygor de Oliveira, de 29 anos, desembarcou pela manhã no Galeão com a família para realizar um sonho: assistir ao jogo de basquete do Brasil. Havia comprado quatros ingressos na categoria A — cada um por R$ 350. Ao chegar à Arena Carioca 1, viu que seu lugar estava no anel superior do estádio, na área correspondente ao setor C (R$ 100). Assim como ele, vários torcedores foram prejudicados.
— Comprei no setor nobre e, quando entramos, minha fileira estava na parte de cima da arena. Se tivéssemos sido prestigiados com o que pagamos, nossa experiência teria sido diferente — lamenta o torcedor, que veio do Rio Grande do Norte para o jogo.
O engenheiro eletrônico Felipe Andrade, de 35 anos, tentou ser ressarcido. Pagou R$ 350 e assistiu à partida no anel superior da arena, no setor B. Nova decepção: os atendentes informaram que é preciso pedir ressarcimento pelo site da Rio-2016.
— Se devolvessem na hora, eu poderia comprar outros ingressos — reclama.
O Comitê Rio-2016 diz que torcedores que tiveram este tipo de problema também podem procurar os TROs (pontos de assistência nas arenas olímpicas).
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