O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa das manifestações em favor de seu governo, que ocorrem neste domingo, 26, em diferentes pontos do País. Segundo ele, "hoje é o dia em que o povo estará nas ruas", em uma "manifestação espontânea", como um recado "para aqueles que, com suas velhas práticas, não deixam que o povo se liberte".
Bolsonaro discursou durante um culto religioso na Igreja Batista Atitude, no Recreio, zona oeste do Rio de Janeiro. Ele subiu ao palco com a mulher, Michelle Bolsonaro, frequentadora do templo evangélico.
"Pela primeira vez na história do Brasil um presidente eleito está cumprindo o que prometeu na campanha", afirmou Bolsonaro. O presidente se emocionou durante o discurso, ao agradecer a Deus pela sua vida. "Peço orações para mim, para o Brasil e para as autoridades. Para que possamos vencer os obstáculos", discursou.
Durante o culto, a conta do presidente no Twitter trouxe uma série de três mensagens com vídeos de manifestantes nas cidades do Rio de Janeiro, em São Luís, no Maranhão, e em Juiz de Fora, no interior de Minas, onde foi alvo de uma facada ainda durante a campanha presidencial. No vídeo de São Luís, é possível ouvir um manifestante gritar a favor da CPI Lava Toga.
Bolsonaro disse que as palavras na política nem sempre representam a prática, mas que seu governo está fazendo diferente e mudando paradigmas. "Se estou aqui, é porque acredito na minha nação", declarou. "Juntos, podemos governar. Nós temos como transformar o Brasil numa grande nação", afirmou.
Bolsonaro e Michelle se ajoelharam no palco da igreja para receber as bênçãos do pastor Josué Valandro Jr., que conclamou os cerca de 3.500 fiéis presentes no culto para uma oração pelo presidente.
"Mesmo no dia de maior pressão, Jesus estará com ele", orou Valandro Jr., em meio a problemas técnicos, que chegaram a deixar o templo sem energia elétrica por alguns minutos, levando o presidente a subir ao palco ainda às escuras.
Esquema de segurança
A visita de Bolsonaro motivou um forte esquema de segurança. Os fiéis que chegaram para o culto foram submetidos a revista minuciosa, que incluía detector de metais e a proibição de entrada no templo com garrafas d'água e guarda-chuvas. Alguns reclamaram das longas filas que se formaram à entrada da igreja.
Estadão Conteúdo
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