Nova Previdência já está valendo; Qual é a melhor regra de transição?

Published at : 21 Jan 2022


A nova Previdência que entrou em vigor na terça-feira, 12, tem cinco alternativas de transição para os trabalhadores que estão no mercado ou, mesmo desempregados, já contribuíram à Previdência Social. Os segurados sempre poderão escolher a regra mais benéfica, que lhes permita chegar antes na aposentadoria. Mas, diante de tantas opções, como saber qual é a mais adequada para o seu caso?

O Estadão/Broadcast conversou com o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, que explica qual regra se encaixa melhor em cada caso.



Em primeiro lugar, é preciso saber se o segurado tem perspectiva de se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Embora a idade mínima obrigatória para a aposentadoria seja uma novidade da reforma recém-aprovada, cerca de metade dos aposentados brasileiros já pedem o benefício por idade, aos 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens) nas regras antigas.

Nesses casos, a idade dos homens continua em 65 anos, enquanto a idade das mulheres sobe seis meses a cada ano, até chegar a 62 anos em 2023. O tempo mínimo de contribuição continua em 15 anos para ambos na transição.

Quem pretendia se aposentar por tempo de contribuição, com 30 anos de serviço (mulheres) e 35 anos (homens), terá quatro opções de transição.

A primeira delas é para quem está muito próximo (dois anos) da aposentadoria – ou seja, mulheres com 28 anos completos ou mais de contribuição e homens com 33 anos ou mais de serviço. Para esse grupo, há uma opção de pedágio de 50% sobre o tempo que falta para pedir o benefício (ou seja, a pessoa trabalhará no máximo um ano a mais que o previsto hoje). Não há idade mínima exigida. No entanto, o valor da aposentadoria será calculado com o fator previdenciário – que acaba atuando como um redutor quanto mais cedo a pessoa se aposenta e quanto maior for a expectativa de vida.

A segunda transição é mais vantajosa para quem está relativamente próximo da aposentadoria, a cerca de 7 anos de pedir o benefício. Ela prevê um pedágio de 100% sobre o tempo que falta hoje para a aposentadoria e idades mínimas de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. “Para uma pessoa que está a mais de sete anos da aposentadoria, é pouco provável que essa regra seja interessante porque o pedágio fica muito alto”, explica Rolim.

Nesse caso, o benefício é calculado de acordo com a nova regra aprovada na reforma, ficando livre do fator previdenciário. Quem não quiser utilizar a transição anterior (com pedágio de 50% e fator) também poderá acessar esta. A regra também vale para os servidores públicos civis federais.

A transição mais abrangente é a regra de pontos, que contempla todos os trabalhadores que já estão no mercado de trabalho – inclusive quem começou a contribuir dias antes da aprovação da reforma. Os pontos são obtidos pela soma da idade e do tempo de contribuição. A pontuação exigida começa em 86 para mulheres e 96 para homens e vai subindo um ponto por ano a partir de 2020, até chegar em 100 pontos para mulheres (em 2033) e 105 pontos para homens (em 2028).


A regra de pontos também vale para os servidores civis federais, com uma diferença: eles precisam cumprir adicionalmente idades mínimas de 56 anos para mulheres e 61 anos para homens. Essas idades sobem a 57 e 62, respectivamente, a partir de 2022.

No INSS, não há uma idade mínima fixa na regra de pontos: ela varia conforme o tempo de contribuição do trabalhador. Uma mulher com 40 anos de idade e 20 de contribuição ainda precisará trabalhar por igual tempo para chegar a 100 pontos, aos 60 anos de idade e 40 de contribuição. Como recompensa, porém, ela poderá ganhar benefício equivalente a 110% da média dos salários de contribuição, de acordo com a regra de cálculo aprovada.

Rolim explica que, se uma jovem de 18 anos começou a contribuir dias antes da aprovação da reforma, ela está habilitada a se aposentar pela transição por pontos. Se não parar de contribuir à Previdência, ela poderá pedir o benefício aos 59 anos de idade e 41 de contribuição, com 112% da média dos salários de contribuição. “A regra de pontos beneficia pessoas que começaram a contribuir mais cedo e por mais tempo”, diz.

Um rapaz de 18 anos na mesma situação poderá pedir o benefício aos 61 anos e meio de idade e 43 anos e meio de contribuição (somando 105 pontos), com 108% da média dos salários de contribuição.

O quarto tipo de transição é por idade. O secretário diz, porém, que essa regra se tornará mais vantajosa apenas para alguns poucos casos, tornando-se a menos abrangente da reforma. Ela prevê idades mínimas imediatas de 56 anos para mulheres e 61 anos para homens, subindo seis meses a cada ano, até chegar a 62 e 65 anos, respectivamente.

O Estado disponibiliza uma calculadora para que os trabalhadores identifiquem mais facilmente a regra mais benéfica. O governo também informa que o aplicativo de celular “Meu INSS” vai orientar os segurados sobre o tempo restante para a aposentadoria.

Brasil


Bandidos armados tentam assaltar motociclista próximo ao Fiesta Park em
Jacobina

Bandidos armados tentam assaltar motociclista próximo ao Fiesta Park em Jacobina

Jacobinenses vão às urnas para escolher o presidente do Brasil

Jacobinenses vão às urnas para escolher o presidente do Brasil

Torneio beneficente arrecada alimentos no bairro do Leader, em Jacobina

Torneio beneficente arrecada alimentos no bairro do Leader, em Jacobina

Fuja do superendividamento com dicas do Sicoob

Fuja do superendividamento com dicas do Sicoob

Impactos mentais já são considerados quarta onda da Covid-19

Impactos mentais já são considerados quarta onda da Covid-19

Jovem é assassinado a tiros no Bairro Novo Oeste em Capim Grosso

Jovem é assassinado a tiros no Bairro Novo Oeste em Capim Grosso

Mulher acusa João de Deus de tentativa de assassinato

Mulher acusa João de Deus de tentativa de assassinato

Vespa gigante com picada mortal assusta moradores dos Estados Unidos

Vespa gigante com picada mortal assusta moradores dos Estados Unidos

Miguel Calmon: Colégio Clariezer Vicente dos Anjos é destaque na gestão escolar

Miguel Calmon: Colégio Clariezer Vicente dos Anjos é destaque na gestão escolar

Especialista aponta risco de rompimento de outras barragens no Brasil

Especialista aponta risco de rompimento de outras barragens no Brasil