O médico Carlo Bava disse à Associated Press (AP) por telefone que o cuidador de Morano o chamou dizendo que ela tinha parado de respirar nesta tarde ao sentar-se em uma poltrona em sua casa em Verbania, uma cidade no Lago Maggiore da Itália. Bava disse que tinha visto a paciente pela última vez nesta sexta-feira, 14. "Ela não sofreu. Estou feliz por ela não sofrer, morreu assim tranquilamente ", disse Bava.
Há semanas, Morano vinha passando cada vez mais tempo dormindo e falando menos, mas manteve a rotina de comer dois ovos crus diariamente. Contrariando as recomendações médicas, ela nunca comeu muitas frutas e vegetais.
"Minha vida não foi tão boa. Eu trabalhei em uma fábrica até que eu tinha 65 anos, então era isso", disse ela à Reuters em novembro passado, em seu 117º aniversário.
Em entrevista ao jornal La Stampa, há cinco anos, ela disse que seu noivo tinha morrido na Primeira Guerra Mundial e que ela tinha então sido forçada a se casar com um homem que ela não amava. "'Ou você concorda em casar comigo ou eu vou te matar'", relembrou Morano. "Eu tinha 26 anos. Nós nos casamos." Eles tiveram um filho em 1937, mas o bebê morreu depois de apenas seis meses e no ano seguinte Morano se separou do marido abusivo. "Eu me separei dele em 1938. Acho que fui uma das primeiras na Itália a fazer isso."
Estadão Conteúdo
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