Os números indicam que a crise está fazendo com que mais jovens na Bahia saiam da zona de conforto e ofereçam sua força de trabalho e um dos resultados disso é que o número de desocupados com idade entre 14 e 24 anos cresceu.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, revelou entre janeiro e março deste ano tinham 7 mil pessoas a mais nesta condição em relação ao mesmo período do ano passado. Esse número saltou de 360 mil para 367 mil, respectivamente.
“Em geral, os mais jovens têm menor experiência laboral, menor qualificação. Por isso, o mercado acaba rechaçando, não absorvendo, essa força de trabalho”, justifica o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues.
De acordo com ele, esse aumento não é um problema pontual da Bahia. No Brasil, 354 mil pessoas com idade entre 14 e 24 anos perderam o emprego quando comparado o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado.
“É isso que está por trás do aumento da taxa de desocupação para os mais jovens. Eles pressionam, mas como não têm os atributos exigidos como necessários, o mercado não os absorve”, destaca Rodrigues.
Segundo ele, a taxa de desocupação é uma medida da frustração, ou seja, da não absorção dessa força de trabalho. “Não raro, tanto aqui como em qualquer país do mundo, a taxa de desocupação dos mais jovens é muito superior do que os mais maduros porque o mercado preserva os mais experientes”, afirma ele, acrescentando: “No momento que o empresário não tem uma perspectiva muito clara de que a economia vai se dinamizar, ele preserva aqueles que têm maior experiência”.
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