Um vídeo que mostra um menino de 6 anos chorando bastante ao ser retirado do colo de um homem e entregue ao pai tem repercutido nas redes sociais. As cenas aconteceram na quarta-feira (27) em audiência no Fórum do Riacho Fundo I, Distrito Federal, depois que o juiz Edmar Ramiro Correia decidiu entregar a guarda do menino para o pai, que mora no interior de São Paulo.
A mãe, Rosilene Batista Silva, que vive no DF, foi casada por cerca de um ano com o pai da criança. Em 2011, o casal se separou. A mulher, que diz que o casamento chegou ao fim por conta de agressões físicas e psicológicas, chegou a denunciar o então marido à polícia apenas três meses após a união. Depois do divórcio, ela cedeu a guarda do filho ao marido, mas depois alegou que fez isso porque foi ameaçada. "Nunca imaginei que ele pudesse fazer com o meu filho o que fazia comigo", diz ela ao Correio Braziliense.
Em setembro do ano passado, a mãe descobriu pela ex-cunhada que o filho sofria maus tratos do pai e da madrasta. Ela ligou para o Conselho Tutelar de Capivari, onde o menino mora com o pai, e fez uma denúncia, pedindo que fosse averiguada. Ela também conversou com a Defensoria Pública em Brasília, que recomendou que ela fosse visitar o filho. "Quando cheguei em São Paulo, não reconheci meu filho. Ele estava muito triste, chorava, estava abatido, magro. Quando era contrariado, xingava e mordia as pessoas. Ele me implorou para ficar comigo, então resolvi trazê-lo para casa", relata.
Assista:
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Sem autorização do pai, a mãe levou o menino ao DF, onde procurou o Conselho Tutelar e o garoto foi ouvido. Depois disso, ela pediu guarda provisória da criança, concedida no mesmo mês. Um laudo do conselho comprovava sinais de agressões na criança. O menino afirmou que não queria morar com o pai e madrasta.
O pai do garoto entrou com pedido de busca e apreensão para levar o filho de volta a São Paulo e recuperou a guarda ontem. O vídeo mostrando o menino sendo retirado da mãe foi bastante divulgado nas redes sociais. A criança chora muito e pede para não ir. "Não, tio, não vou deixar minha mãe de novo", diz.
A Defensoria Pública de Brasília espera reverter o caso. O pai do menino e seu advogado não foram localizados para comentar o caso.
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